Vereador Célio Gadelha era alvo de operação da Polícia Federal que investigava crimes de corrupção eleitoral
Na tarde de segunda-feira (28), aconteceu o julgamento do então vereador Célio Gadelha, do partido Movimento Democrático Brasileiro. Célio Gadelha foi reeleito em 2020 com 1.293 votos. Mas o parlamentar era alvo da operação Intruder Brother da Polícia Federal que investigava crimes de corrupção eleitoral. Os resultados desses trabalhos apontaram o envolvimento do vereador com a prática de compra de votos.
Em agosto de 2021, Célio Gadelha teve o mandato cassado. O juiz entendeu que a candidatura dele havia sido impulsionada por meios econômicos. O parlamentar entrou com um recurso, e foi esse recurso que foi julgado nesta segunda-feira (28), na sede do Tribunal Regional Eleitoral do Acre. O julgamento foi realizado de forma remota por juízes e desembargadores da corte eleitoral, assim como o advogado de defesa do parlamentar, Christopher Mariano, que manteve a posição de que não houve compra de voto e pediu o afastamento da decisão de primeiro grau, que considera o vereador culpado. “Fui informado que não houve o abuso do poder econômico e o recorrente, Célio Gadelha, não estava no local dos fatos, então não houve um conjunto, que seria propriamente a compra de votos”, concluiu Cristopher Mariano.
Na sequência durante o julgamento, o juiz Marcos Tadeu fez uma longa e detalhada leitura seletiva do voto. “É necessário respeitar a importância do julgo e da proteção do Ministério Público Estadual, agora esperamos as considerações para encerrar essa página de recurso, aguardando o voto do elemento jurídico”, disse o juiz eleitoral.
Mas alguns posicionamentos inviabilizaram que o julgamento fosse concluído. O juiz eleitoral Armando Dantas pediu para se afastar do processo por suspensão por motivo de foro íntimo.
O voto do procurador eleitoral Vitor Hugo foi pela manutenção da sentença, assim como o do juiz Geraldo Fonseca. A juíza Maha Manasfi, o juiz Hilário Melo e o presidente do TRE do Acre, o desembargador Francisco Djalma preferiram aguardar o votos de vistas para se pronunciarem.
Informações de Débora Ribeiro