Elson Dias denunciou que o tratamento está sendo realizado com pomadas inapropriadas
Nesta segunda-feira (11), em entrevista ao jornalista Itaan Arruda na TV Gazeta, o coordenador estadual do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan) do Acre, Elson Dias, expôs problemas do Morhan que não estão sendo resolvidos pelo governo do Acre.
Segundo Elson Dias, pessoas jovens estão sendo diagnosticadas com hanseníase com grau avançado, hanseníase é uma doença infecciosa crônica e curável, que causa lesões na pele e danos aos nervos, e a partir do segundo grau já existem sequelas. De acordo com o coordenador, pessoas estão chegando nos centros de referência de saúde com manchas e não estão sendo tratadas, além de não receber informações, diante da falta de ações de prevenção pela Secretaria Estadual de Saúde.
Elson afirmou que os casos de hanseníase estão aumentando e o estado não está agindo “A secretaria não tem nenhuma ação, quando tem são coisas isoladas, não é uma ação de governo, coisa planejada, organizada, com métodos, com parcerias, e a questão está se agravando. O cenário está muito parecido com o que tinha aqui nos anos 70 e 80, e o governo ainda não tem dimensão”. Ainda segundo Elson dias, por falta de informação os afetados estão sofrendo até abandono familiar. Vivendo em situações precárias e com o desemprego, devido ao preconceito existente.
Elson Dias, explicou que o Morhan está passando por dificuldades financeiras. “O governo suspendeu o convênio, não atende mais a todos, e o Morhan tinha o trabalho para fazer acompanhamento dessas vidas, a questão da prevenção principalmente. E agora o pacientes possuem dificuldades tentando fazer o acompanhamento no interior do estado”.
Além destas dificuldades, o coordenador afirmou que os pacientes estão sendo tratados com pomadas que são inapropriadas para o cuidado da doença.
Elson afirmou a importância do tratamento correto. “O tratamento fecha a disseminação da doença para transmitir, não importa a minha cadeia de transmissão. Além do paciente ser amparado pelo INSS durante o período de tratamento de seis meses a um ano”.
Procuramos a Sesacre e aguardamos retorno, o espaço está aberto caso eles queiram se posicionar.