Durante os dois últimos anos, a taxa de pessoas obesas aumentou 2,5%
Pelas ruas de Rio Branco, é possível perceber que boa parte da população está acima do peso. Para uma pessoa ser considerada obesa, ela precisa ter o índice de massa corporal, o IMC, igual ou superior a 30 quilos por metro quadrado. Para realizar o cálculo é bem simples, basta dividir o peso pela altura ao quadrado.
O universo de pessoas obesas e com sobrepeso aqui em Rio Branco, ficou ainda mais evidente por causa da pandemia. Durante os dois últimos anos, a taxa de pessoas que se enquadram nesse perfil, aqui na capital, aumentou 2,5%.
Em 2019, 23,6% da população de Rio Branco estava obesa, e 56,61% com excesso de peso. Já em 2022, 24,2% são pessoas obesas e 60,1%, com excesso de peso.
Com esses números, Rio Branco passa a ocupar a quarta posição no ranking da obesidade entre todas as capitais brasileiras. O excesso de peso, segundo a pesquisa, é mais comum entre os homens. Outro dado importante é que apenas 8,16% dos adultos com mais de 18 anos, praticam pelo menos 150 minutos de atividade física por semana. Para o médico cirurgião José Ricarte, especialista em cirurgia bariátrica, a pandemia realmente contribuiu para que as pessoas ganhassem peso, mas ela não pode ser considerada a grande vilã da história. O médico explica que o excesso de peso pode hoje não comprometer de forma direta a saúde da pessoa, mas a longo prazo, as comorbidades começam a aparecer.
José Ricarte, médico cirurgião, avisa dos riscos. “Ela vai desencadear hipertensão, diabetes, gordura no figado, que pode levar a alguns quadros de cirrose. Além de Crianças obesas que vão crescer já com problemas articulares. E obesidade vai impactar no serviço de saúde, com os números altos e suas complicações”.
O especialista explica, ainda, que é preciso adquirir hábitos saudáveis para reverter essa situação, antes que o excesso de peso comprometa, de forma bem mais direta, tanto a qualidade de vida quanto a saúde das pessoas.
Com informações de Débora Ribeiro