Indígenas do município de Tarauacá estariam ameaçando as famílias locais
A Polícia Militar fez uma nova incursão na manhã deste sábado (16), para tentar resgatar as famílias depois de um longo trabalho de busca na mata, conseguindo encontrar 16 pessoas e escoltá-las para Tarauacá.
Entre essas pessoas, nove eram crianças, uma tinha apenas 3 meses de vida. Segundo a polícia, o trabalho estava sendo feito tentando evitar um confronto com os indígenas.
De acordo com relatos dos ribeirinhos, que estavam na mata, eles não podiam sair, porque para chegar em Tarauacá, tinham que passar pela aldeia, justamente onde estavam os indígenas faccionados.
Mas a Polícia Militar já conseguiu levar para Tarauacá as famílias, e no domingo a família da dona Leuda veio para Rio Branco ficar com o restante dos parentes, além de pedir proteção à polícia.
Os agentes já identificou quem é a liderança e vai continuar na região para investigações. Além de descobrir que uma liderança saiu de Rio Branco, para se juntar com os outros faccionados em Tarauacá e partirem para a aldeia a fim de matar José Ordônio, por não o quererem naquela terra.
Segundo relatório da Polícia Militar, o filho da dona Leuda, identificado como José Ordônio, pode fazer parte de uma facção rival, por isso, houve o ataque. Além disso, existe a possibilidade dele estar ferido devido aos tiros que foram em sua direção quando fugia para a mata.
A polícia agora tenta restabelecer a ordem nesse local, para que as famílias possam voltar. Além de manter as buscas, depois de ter identificado os principais suspeitos envolvidos na tortura e ataque da família de dona Leuda.
As casas onde a idosa Leuda e a família moravam, viraram cinzas. E outras famílias que vivem na localidade abandonaram suas residências com medo da violência.
Relembre o caso
A senhora Leuda Lima, de 71 anos, moradora rio Muru no município de Tarauacá, foi expulsa por mais de 20 pessoas, a maioria indígenas da etnia Kaxinawá. Segundo ela, eles fazem parte de uma facção que comanda a região e decidiram expulsar a sua família, pois não queriam o filho dela morando na localidade. A expulsão ocorreu na última segunda-feira (11).
Além dela, expulsaram também a esposa do filho, e os nove netos e dois sobrinhos, que tiveram que correr para a mata, e assim preservar sua vida. A propriedade da idosa fica 3 horas de barco saindo de Tarauacá. Segundo ela, os indígenas da região se juntaram as facções criminosas e estão aterrorizando as famílias que discordan das determinações.
Informações de Adailson Oliveira para TV Gazeta