Nesta terça-feira (19), a vereadora Michele Melo anunciou a parada por falta de quórum
Criada em setembro do ano passado, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do transporte coletivo da Câmara de Rio Branco pode ter um fim sem desfecho. A presidente da comissão a vereadora Michele melo anunciou que os trabalhos vão parar porque os membros da CPI não comparecem as reuniões e sessões há três semanas.
A comissão, que se reúne uma vez por semana, não consegue quórum dos cinco vereadores titulares, apenas dois aparecem, a presidente Michele Melo e o vice Fábio Araújo. Os vereadores Adailton Cruz, Lene Petecão e Samir Bestene simplesmente ignoram a comissão. Até quem deveria assumir na falta do titular, que são os vereadores suplentes, Emerson Jarde e Raimundo Neném não aparecem.
De acordo com Michele Melo, mesmo com muitas movimentações e presença de ex-prefeitos, a CPI não vai para frente. “Infelizmente nós não temos uma boa notícia, nós não estamos tendo quórum na CPI do transporte público e perdemos uma magnífica oportunidade. Nós fizemos muitas movimentações para conseguir trazer os ex-prefeitos, que é algo que nunca aconteceu aqui na Câmara dos Vereadores e nós tivemos na semana passada a presença do ex-prefeito Raimundo Angelim disposto a explicar pra gente todo o processo de contratação desses novos ônibus, como aconteceu e infelizmente na CPI só estávamos eu e o vereador Fábio Araújo e não foi possível ouvi-lo. Assim tem acontecido todas as terças-feiras e nós não estamos podendo ouvir as testemunhas por falta de quórum dos vereadores”, explica a vereadora Michele.
A CPI ouviu apenas o ex-prefeito Marcus Alexandre, parte dos diretores da Superintendente Municipal de Transporte e Trânsito (Rbtrans) de Rio Branco e um empresário. E os ex-prefeitos Raimundo Angelim e Socorro Neri ficaram sem relatar, porque a CPI vai se acabar sem conseguir montar o relatório final que prometia mostrar as irregularidades do sistema e das políticas de reajuste da tarifa nos últimos 20 anos, assim como verificar as suspeitas sobre os contratos com as empresas.
Nesses 7 meses, a Câmara de vereadores teve apenas gastos e perda de tempo dos servidores com a CPI, além de não mostrar à população os esquemas do sistema que levaram o serviço aos caos, obrigando a prefeitura a contratar outra empresa de forma emergencial.
Sobre o relatório final, a vereadora Michele Melo concluiu, “O relatório final nós estamos procurando fazer com todas as informações que nós já temos, mas claro e evidente vai ficar um relatório parcial, não vai ficar completo, haja vista que as testemunhas mais importantes que são os ex-prefeitos, nós não estamos podendo escutar porque não temos a presença dos vereadores”.
Até o presidente da mesa diretora se mostrou surpreso com a decisão da presidente da CPI. N. Lima disse que os vereadores tiveram toda estrutura e se não apresentaram resultados devem responder por isso.
Com informações de Adaílson Oliveira