O CERTO E O PRUDENTE
Tudo bem que há um acerto na ideia da secretária de Estado de Saúde, Mônica Feres Machado, em não permitir mais atendimento ambulatorial no Hospital de Urgência e Emergência. É uma decisão correta, sem dúvida. Mas há um “senão” no meio do caminho.
“SENÃO”
É correto, mas é prudente que se faça a torto e a direito? As intenções anunciadas precisam ser melhor comunicadas com a equipe da Prefeitura de Rio Branco, o grupo que mais vai sentir os rearranjos da Sesacre. A saber: Huerb deixar de fazer atendimento ambulatorial e a pretensa municipalização das UPA’s são medidas que tornariam, hoje, caótica a saúde pública na Capital.
BASE
A polêmica gerada por esses ajustes que a Sesacre anuncia deveria reforçar outro debate, atualmente abandonado: como fortalecer a rede de atendimento primária? Como melhorar o atendimento na base da pirâmide do SUS?
DIA 19
De acordo com a Sesacre, a partir do dia 19 deste mês, uma série de encontros deve ocorrer entre os gestores do Estado e da Secretaria de Saúde de Rio Branco. Acompanham os administradores, representantes dos Conselhos de Saúde do Estado e do Município. Já houve uma reunião (sem ata oficial registrada) em que estava presente o secretário Oteniel Almeida. O assunto foi debatido, mesmo que de forma superficial. Uma pessoa que participou do encontro disse que o secretário não rechaçou a ideia de imediato e que até o promotor de Justiça Gláucio Oshiro não se mostrou totalmente avesso à ideia de municipalização das Unidades de Pronto Atendimento.
CUSTOS
Na prática, por que as UPA’s, no Acre, estão sob responsabilidade do Estado, diferente de muitas cidades/capitais país afora? É simples: custo. A Prefeitura de Rio Branco não teria como custear a manutenção das unidades.
QUEM FAZ O QUÊ?
A partir do dia 19, deve ficar melhor definido o que Estado e Município de Rio Branco devem fazer para que a gestão das unidades mostre, além de eficácia na gestão, eficiência no atendimento ao usuário.
TOMA LÁ, TOMA CÁ
Prefeitos de todo país pressionam parlamentares federais para votar a favor da Reforma da Previdência. Motivo é a promessa de liberação de emendas parlamentares. É o “toma lá dá cá” na era bolsonariana.
AMAC
Está com o TCE a possibilidade de dirimir dúvidas em relação à suposta corrupção envolvendo a Amac e a presidente da associação, prefeita da Capital Socorro Neri. Foi a própria gestora quem provocou a corte de contas. Neri não é ingênua: sabe que o cálculo por trás da denúncia é campanha política pura.
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