Dados do Atlas de Violência 2024, divulgados nesta terça-feira, 18, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), mostram que, entre 2017 e 2022, o Acre reduziu em 57,0% o número de homicídios registrados a cada 100 mil habitantes.
O estudo mostra também a variação na porcentagem de homicídios entre os anos de 2012 e 2022 a cada 100 mil habitantes por Unidade Federativa (UF). Nessa situação, o Acre reduziu em apenas 1,5%. Porém, quando a redução de 2017 a 2022 é observada, o Estado demonstra uma avanço na queda de homicídio, com a diminuição de 57,0%.
Por conta desse número, o Acre obteve a maior redução nesses anos, seguido do Rio Grande do Norte, que logrou uma diminuição de 49,1%, e o Ceará, com menos 45,9%. Apenas duas UFs obtiveram aumento da violência nesse período, Piauí (25,5%) e Rondônia (2,8%).
De acordo com o Atlas de Violência, a queda nos índices de mortes violentas pode estar associada ao trabalho de qualificação e integração dos órgãos de segurança e, em particular do Ministério Público, da Secretaria de Justiça e Segurança Pública, e polícias Civil e Militar.
Homicídios de mulheres
Treze das 27 UFs reduziram as taxas de homicídios femininos, sendo que a diminuição mais significativa ocorreu no estado do Tocantins (-24,5%), seguido pelo Distrito Federal (-24,1%) e Acre (-20,3%). Em contrapartida, 12 UFs registraram aumento nos homicídios de mulheres em 2022 em comparação com o ano anterior, sendo que as maiores variações foram observadas nos estados de Roraima (52,9%), Mato Grosso (31,9%) e Paraná (20,6%).
Já entre os anos de 2017 e 2022, o Acre catalogou, por 100 mil habitantes, uma queda de homicídios de mulheres de 37,0%. Quando o dado é analisado nos anos de 2021 e 2022, a queda é de 20,3%. Apesar disso, de 2012 a 2022, o Acre possui um aumento significativo, com 27,5%.
Jovens de 15 a 29 anos
A chama “Geração Perdida”, que são jovens de 15 a 29 anos vítimas de homicídios, também está presente no estudo feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. De acordo com o dado, eles representam 49,2% dos homicídios realizados entre 2012 e 2022.
Durante esses anos, foram registrado 321.466 homicídios de jovens entre 15 e 29 anos. Além disso, a taxa de homicídio de homens jovens é de 86,7, por 100 mil habitantes. Por conta desse número, o potenciais de vidas perdidas são de mais de 15 milhões de anos.