O Acre enfrenta um cenário de baixa cobertura referente à vacinação contra o HPV (Papilomavírus Humano). O foco da campanha são meninas e meninos de 9 a 14 anos. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), há 34.970 adolescentes com a vacinação pendente nos últimos seis anos. São dados como esses que colocam o Acre no pior cenário do país em relação a essa imunização.
“Sobre a baixa procura pela vacinação contra HPV no país, a gente entende que é por falta de informação para a população. E como forma de aumentar essa cobertura, temos feito ações nas escolas oferecendo a vacina contra HPV e todo o calendário vacinal da saúde do adolescente”, explica a coordenadora da área do Adolescente e Jovem da Sesacre, Luciana Freire.
Na Urap da Vila Ivonete, o cenário é o mesmo, pois os profissionais relataram que, apesar dos pais irem ao local em busca de outros imunizantes, eles recusam a vacina contra o HPV. “O Papilomavírus Humano (HPV) pode causar doenças graves, começando com verrugas na região genital ou anal. Uma das coisas mais importantes é que ele é um dos principais precursores do câncer do colo do útero”, explica o responsável técnico de enfermagem da Urap Vila Ivonete, Gleidson Mesquita.
Como forma de melhorar esse cenário, foram distribuídas mais de 10 mil Cadernetas de Saúde do Adolescente pelo Ministério da Saúde no estado. Ainda faltam ser entregues nos municípios de Brasiléia, Assis Brasil, Epitaciolândia e Xapuri.
“A Caderneta de Saúde do Adolescente é um instrumento indispensável para o monitoramento da política do adolescente e dos jovenes, pois nela contém informações sobre crescimento, desenvolvimentol, alimentação, nutrição e atualização do calendário vacinal”, destaca Freie.
Com o retorno da distribuição física dessa caderneta, o governo do Acre tem buscado ações para aumentar o acesso dos jovens ao documento, que é um diário de informações sobre desenvolvimento e saúde. Além disso, visa conscientizar os jovens sobre a importância da vacinação e da responsabilidade sexual, prevenindo a gravidez na adolescência.
“Se o adolescente comparecer à unidade de saúde para vacinar ou mesmo para consulta, o profissional de saúde é orientado a fornecer essa cardeneta de saúde para o adolescente ou para aqueles que não a possuem”, finaliza a coordenadora.
Com informações adicionais da Agência de Notícias do Acre