Informação é da coordenadora de vigilância epidemiológica de Rio Branco, Socorro Martins
O Ministério da Saúde do Brasil apresentou 14 novos casos confirmados de sarampo no país nesse ano de 2022. Um dos 12 casos são no Amapá, dois em São Paulo e 25 casos suspeitos em observação. No atual momento, o Acre não registra nenhum caso confirmado. O principal problema do retorno desse vírus, é a baixa cobertura vacinal.
Os último casos confirmados de sarampo no Acre, ocorreram em 2018, apesar de não ter nenhum nesse ano, os profissionais de saúde estão em alerta, pois crianças menores de cinco anos estão mais suscetíveis ao vírus.
Para se ter uma ideia, essa cobertura vacinal na capital, em 2015, era de 71% com a primeira dose e 43% com a segunda dose, já em 2021, era de 65% e 33%, respectivamente, de acordo com dados da Vigilância Epidemiológica, o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), é que seja 95%.
“É preocupante, pois o vírus do sarampo é bem mais contagioso de que o coronavírus. Então, nós estamos muito preocupados com essa situação, nós temos muitas crianças não vacinadas e isso pode levar a números bastante perigosos. Nós podemos enfrentar um surto a qualquer momento e até mesmo uma epidemia pelo sarampo”, explicou a coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Socorro Martins.
A coordenadora explica que, neste primeiro momento, o público alvo da vacinação são profissionais de saúde, e as crianças serão vacinadas a partir do dia 02 do mês maio.
“É importante não só a primeira dose, mas concluir os filhos com a segunda dose, para a criança ficar imunizada. Lembrando que a vacina protege sim contra o sarampo, então as pessoas vacinadas não vão estar suscetíveis ao vírus. Então, para todas as crianças menores de seis anos, nós vamos estar vacinando”, concluiu Socorro.
Em 2018, o Brasil perdeu o certificado de erradicação da doença, além disso, foram registrados 39 mil casos e 40 mortes. É importante lembrar que os principais sintomas do sarampo são:
- Febre acompanhada de tosse persistente;
- Corrimento no nariz;
- Manchas avermelhadas no rosto e no corpo;
- Em alguns casos pode ocorrer diarreia.
Além disso, os sintomas persistem por três dias, em média.
Com informações de Márcio de Souza para TV Gazeta