Os agricultores da região do seringal Capatará, no município de Capixaba, chegaram à sede do INCRA na manhã desta segunda-feira, 25. Trouxeram vários produtos da agricultura familiar e colocaram à venda na calçada do prédio. O dinheiro adquirido será usado para comprar outros alimentos e manter as famílias enquanto estiverem acampados na sede do órgão.
Eles dizem que vão permanecer na sede do órgão por tempo indeterminado. Os agricultores alegam que estão na região do Capatará ha 5 anos, assentados em terras da União. Um fazendeiro alega que é o dono da área, e já entrou na Justiça com pedido de reintegração de posse. Temendo serem expulsos da região os agricultores protestam e pedem ajuda ao INCRA para permanecerem nas áreas ocupadas.
Há cerca de duas semanas, agricultores do ramal do Cacau já ocupavam a sede do órgão reivindicando a solução de um conflito que também envolve posse de terra. No caso deles a situação é pior, porque já foram expulsos da área onde estavam, e não tem para onde voltar.
“Nos dois casos tem áreas consideradas glebas da União é obvio que estão registradas em nome de particulares então tem que haver o cancelamento do registro desses 30% das propriedades para que agente possa adquirir para o INCRA e colocar na destinação para o programa nacional de reforma agrária, esse é um processo que exige decisão da procuradoria federal especializada e demora um pouco”, explica o superintendente do INCRA Idézio Frank.
Além das famílias sem terra que ocupam a área externa do prédio do INCRA, diariamente centenas de trabalhadores rurais procuram o órgão para tratar de pendências relacionadas a posse e regularização de terras.