Segundo a Prefeitura, 375 famílias vivem exclusivamente do que plantam
A cheia do rio Acre afetou a população ribeirinha, várias plantações foram destruídas por causa do grande volume das águas, deixando muitos agricultores sem renda em Rio Branco.
Segundo a Prefeitura, são 375 famílias que moram as margens do rio Acre e vivem exclusivamente do que plantam, entretanto, metade da produção dos ribeirinhos foi perdida. Essas plantações representam boa parte do abastecimento de farinha, goma e hortaliças de Rio Branco.
Os poucos agricultores que conseguiram salvar alguma coisa, agora enfrentam dificuldades em levar o seu produto para ser comercializado, já que em alguns ramais as aguas tomaram conta das estradas e o produtor precisa atravessar de barco e contratar um carro para levar o produto.
“Vamos ter que trabalhar mais um ano para poder ter o que vender, porque se não ficamos dependendo da sorte de Deus”, afirma a agricultora Marleuda Moreira, após perder boa parte da sua plantação de macaxeira.
Na região do panorama e de Sena Madureira, piscicultores perderam toneladas de peixes, já que os tanques ficaram totalmente cobertos pelas águas. Estufas também foram alcançadas, permanecendo totalmente cobertas pelas cheias.
Sem renda, está faltando comida e água potável, já que o transbordamento dos rios atingiu os poços. O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, visitou as áreas alagadas e deve enviar nos próximos dias cestas básicas e água para as famílias, além de colchões para aqueles que perderam tudo.
“A prefeitura de Rio Branco está se preparando para assim que chegar o verão, a gente possa realizar um projeto sustentável, para que eles continuem trabalhando na beiro do rio”, concluiu Bocalom.