Tiro no pé
Deputados da base de sustentação do governo avaliaram mal a genuflexão. Acharam que cumpririam a ordem do Executivo para abortar a CPI da Sehab e tudo ficaria por isso mesmo. Não foi assim. Não está sendo assim. A população que todo dia se depara com o acampamento dos sem teto na frente da sede do poder se revoltou e expôs os nomes dos deputados que votaram contra a CPI, nas redes sociais e em cartazes espalhados pela cidade. Teve deputado que precisou consolar os filhos que foram achacados na escola, por conta da ação do pai. Resultado: a sessão da próxima terça-feira será dedicada à exposição dos motivos de cada um dos da base.
Revolta
Por conta da confusão da CPI da Sehab, a coluna registrou revolta na base do governo, obrigada a servir de parachoque para os erros do governo e também revolta na oposição. Os deputados de oposição não estão gostando de servirem de escada para o colega Gehlen Diniz (PP). A próxima semana será decisiva na Assembleia Legislativa do Estado. Não precisa ser o Frialle para prever ventos e tempestades na casa.
Revolta II
O deputado Gehlen Diniz (PP) dormiu herói e acordou vilão. É que seus colegas de oposição não gostaram nem um pouco das declarações de Diniz que não vai entrar com mandado de segurança para garantir a instalação da CPI da Sehab porque os outros parlamentares de oposição não estão de acordo. Todos os outros, exceto Nicolau Júnior (que não se pronuncia sobre o assunto), apoiaram a decisão de judicializar a questão. No ar, a sensação que Gehlen sofreu alguma intimidação e, para não ficar mal na foto, jogou os colegas aos leões.
Viajando
O suplente de deputado e ex-secretário de Habitação, Jamil Asfury, está de malas prontas para o PSDC, partido pelo qual pretende ser candidato ao Senado, numa dobradinha com Eber Machado para deputado federal. Sonha alto o rapaz que não encontrou guarita nem entre os colegas de PDT!
Rachado
E o PSDC, que decidiu apoiar a candidatura de Marcus Alexandre à reeleição, vai para a disputa rachado. Fonte da coluna informou que na reunião (ocorrida nesta semana), em que o presidente do partido, Eber Machado, anunciou o apoio ao candidato do PT, a maioria dos pré-candidatos a vereador, se manteve calada, mas, saiu de lá decidida a fazer apenas suas campanhas, sem qualquer vínculo com Marcus Alexandre. Nem nos santinhos vão usar a foto ou o número dele…
Indóceis
A situação na base de sustentação do governo está tão complicada que tem deputado questionando se vale a pena levar o mandato até o final. Nunca imaginaram que as cobranças governamentais seriam tantas e tão difíceis de serem cumpridas. Aguardem em breve uma reviravolta. Tem gente se preparando para virar a mesa… chutar o pau da barraca…
Lado
“Tem pessoas que vivem na sombra”, atacou o agora deputado federal Moisés Diniz. “Quem me conhece sabe: eu nunca mudei de lado, sempre defendi os interesses da Frente Popular e do Acre”. É estranha essa imagem de “ter lado”.
Lado II
Na Frente Popular, ele é dita em tom de orgulho como se se quisesse demonstrar algum quinhão de coerência. Se as lideranças da FPA refletirem 1 minuto verão que não podem construir uma frase dessas. A própria conformação de forças que garante a ida de Diniz ao parlamento se deve a uma “mudança de lado”. Ou já foi esquecido que Socorro Nery chegou a ser anunciada como pré-candidata pelo PSDB à Prefeitura de Rio Branco?
E por falar em lado…
Alan Rick. Essas duas palavrinhas, ditas assim, juntas, estão tirando o sono de alguns articuladores da Frente Popular do Acre. E não é sem razão.
Avaliação
A avaliação de alguns é matemática. De outros é política. Os “matemáticos” calculam que as últimas eleições no Acre têm sido definidas “com diferenças muito apertadas de votos”. E aí… “qualquer cinco mil votos a menos podem fazer estrago”. Os “políticos” avaliam que a presidência do PRB caindo no colo de Alan Rick e a imagem de ser um dos parlamentares federais mais atuantes podem fazer com que ele “possa desejar voos mais altos”.
Maior operação
Soa estranho o anúncio por parte do Governo do Acre “da maior operação de Segurança Pública”. Como é que se anuncia uma operação dessas? Esse é o tipo de ação pública que não pode ser anunciada antes de ser executada. Que lógica é respeitada em dizer que vai colocar soldados em todos os cantos da cidade?
Necessária
Que a operação de Segurança Pública é necessária, disso não se tem dúvidas. É necessária, sim, e o Governo demonstra sensibilidade eleitoral pelo assunto. Mas, já inicia a execução com gestão duvidosa.
Pergunta
Por que a estrada como a de Porto Acre mata tanta gente há tanto tempo e pouca coisa é feita para resolver o problema?
Sugestões, críticas e informações quentinhasdaredacao@gmail.com