A greve dos Servidores da Suframa terminou, mas a partir de agora reinicia uma polêmica entre a autarquia e a Secretaria de Fazenda do Estado. O Sindicato dos servidores da Suframa acionou o MPF , depois da divulgação de uma nota da Sefaz, permitindo a descarga de mercadorias no período de greve dos servidores da Suframa.
Depois de 45 dias em greve, os servidores da Suframa retornaram ao trabalho nesta segunda-feira (07). No Acre, a paralisação não causou tantos prejuízos devido à cheia do Madeira, que nesse período impediu o tráfego de veículos pela BR-364. Em uma segunda-feira normal, por exemplo, são atendidas de 30 a 50 carretas, hoje pela manhã, havia no pátio apenas duas.
Segundo o representante local do Sindframa, Renato Santos, em até três dias, o serviço acumulado de regularização de transportadoras será normalizado. O que preocupa a direção da autarquia nesse momento é o impasse gerado no período de greve da categoria com a Sefaz, que teria divulgado nota aos empresários preocupados com o desabastecimento de produtos. De acordo com Renato em nota a Sefaz se responsabilizava pelo internamento de mercadoria nacional, serviço exclusivo da Suframa. O comunicado virou denúncia do Sindframa, encaminhada ao Ministério Público Federal.
Segundo o representante do Sindframa, os empresários que descarregaram mercadorias autorizados pela Sefaz vão ter problemas por conta disso. As notas que foram liberadas pela Secretaria de Fazenda no período de greve dos servidores da autarquia não serão aceitas pela Suframa. “Quando for necessário cobrar do empresário a certidão de internamento alguns fornecedores podem bloquear a empresa. Além disso, o empresário pode ter que pagar imposto que seria beneficiado”, disse Santos.
O internamento de mercadoria nacional corresponde à vistoria, conferência de documentos e autenticação da nota.