Venda de eletrodomésticos e móveis subiu cerca de 60%
O autônomo Raimundo da Costa chegou à loja de eletrodomésticos cedo. Acompanhado da mulher e dos filhos, o morador do bairro Cidade Nova está fazendo orçamentos de móveis para a casa que foi afetada pela cheia do rio Acre.
As águas destruíram praticamente tudo e o prejuízo foi grande. “Acho que foi em torno de R$ 18 mil de prejuízo”, disse.
Sem ter como comprovar rendimentos, por que é autônomo e não tem carteira assinada, Raimundo está numa situação difícil. Ele não conta com a ajuda dos familiares por que também foram afetados pela alagação.
O pai de família, não sabe o que vai fazer para repor na residência o que foi perdido. “Vou comprar um DVD para meus filhos ficarem entretidos e uma cama. Se conseguir comprar isso tá bom”, comentou.
A máxima de que “enquanto uns choram, outros vendem lenço” se enquadra com a realidade de Rio Branco. As vendas no comércio estão aquecidas, principalmente com artigos que hoje se encontram jogados nas ruas onde a água passou.
O aumento nas vendas de guarda-roupas, estofados, camas e móveis de cozinha é acima de 60%, segundo estima o gerente de loja, Celso Sacramento. De acordo com ele, a expectativa é boa até o final do mês. “A venda de móveis está de vento em polpa”, comentou.
A líder absoluta em vendas é a cama box. Somente sábado e segunda-feira, foram vendidas em uma das lojas do centro, 71 unidades do produto. No mesmo período do mês passado saíram apenas 18.
Em outro estabelecimento que representa uma rede de móveis e eletrodomésticos, o levantamento dos últimos dias aponta aumento de 50% nas vendas de móveis. Os clientes na maioria, segundo o gerente Adson Nogueira, estão adquirindo os bens a prazo e sem entrada.
Para atender a demanda, o estoque foi reforçado. “Semana passada chegaram mais de dez carretas de mercadorias. A gente já se preparou para esse volume de vendas”, disse o gerente.