Mesmo diante da cheia do Rio Acre, a Prefeitura de Rio Branco manteve o início do ano letivo na Rede Municipal de Ensino. Nesta segunda-feira (18), as aulas foram retomadas em mais de 90% das escolas, com exceção de seis unidades onde as atividades seguem suspensas. A decisão da gestão municipal visa garantir o mínimo impacto possível no calendário escolar, considerando que a cidade conta com 22 mil alunos matriculados.
A cerimônia oficial de abertura do ano letivo ocorreu na Escola Infantil Olindina Bezerra, no bairro Parque dos Sabiás. Apesar das dificuldades causadas pela enchente, a Secretaria Municipal de Educação optou por manter as aulas na maioria das unidades, assegurando que os estudantes não fossem prejudicados.
Das 85 escolas sob gestão da Prefeitura, apenas seis não iniciaram as atividades nesta segunda-feira. Duas dessas unidades estão sendo utilizadas como abrigos para famílias desalojadas, enquanto outras quatro permanecem reservadas para atender possíveis novas demandas de desabrigados. A Escola Maria Lúcia, no bairro Morada do Sol, é um dos espaços que atualmente acolhem famílias afetadas pela enchente. Já as demais unidades reservadas estão situadas próximas à corrente do rio, facilitando o apoio da Prefeitura às famílias que precisarem de assistência.
O prefeito Tião Bocalom afirmou que a normalização das aulas nessas unidades ocorrerá assim que as águas baixarem e não houver mais riscos. Ele também ressaltou a importância de um plano de recuperação para os alunos que eventualmente tenham seu aprendizado comprometido pelo atraso no retorno.
“Felizmente, a gente vai ter que montar um plano depois para que essas crianças possam ser recuperadas. Muitas vezes, as crianças não vão para a escola por um motivo ou por outro e acabam precisando de recuperação. Esse é o trabalho da educação”, destacou Bocalom.
O secretário municipal de Educação, Alysson Bestene, reforçou que nenhuma unidade escolar foi invadida pelas águas e garantiu que os alunos que estão em abrigos terão sua vida escolar organizada assim que puderem retornar às salas de aula. Segundo ele, a pasta já trabalha no planejamento para minimizar os impactos da situação.
“Fazer o planejamento para essas escolas que estamos utilizando como abrigo é fundamental. Vamos garantir que as crianças não sejam prejudicadas por esse atraso”, explicou Bestene.
A Prefeitura segue monitorando a situação e buscando alternativas para garantir a continuidade do ensino em meio aos desafios impostos pela cheia do Rio Acre.
Matéria em vídeo produzida pelo repórter Adailson Oliveira, para TV Gazeta.