Refleti bastante sobre como deveria iniciar minha primeira coluna no Agazeta.net. Começarei sendo direto: às terças-feiras vocês poderão ler textos de minha autoria aqui na Gazeta Digital. Vou escrever sobre tecnologia da informação.
E espera um pouco, isso é muito legal!
Por quê? Bem, eu poderia discorrer, aqui, sobre os dados mais recentes do mercado tecnológico, o impacto da internet nos negócios, além de todas as implicações que o digital traz à vida cotidiana. Mas convenhamos: você já sabe que a tecnologia é importante no mundo moderno. Os números exatos não importam muito.
Trago, em vez disso, uma belíssima reflexão do falecido gênio da tecnologia Steve Jobs, cofundador da Apple.
Numa palestra que proferiu nas instalações da Apple, em 1980, Jobs recordou um estudo publicado na revista Scientific American. A capa da edição de março de 1973 era dedicada à origem e ao impacto das bicicletas. E na matéria constava o seguinte gráfico:

O que esse interessante gráfico nos mostra, com dados originalmente levantados pela Duke University, é como se compara a eficiência da locomoção de diversos animais e máquinas. E o que salta aos olhos do leitor analítico – e assim foi com Steve -, é que a eficiência da locomoção do homem não é lá essas coisas.
Isto é, até que ele use uma bicicleta.
A pé, a locomoção humana possui certa eficiência. Ao andar de bicicleta, no entanto, essa eficiência quase dobra – o que é uma melhoria e tanto. Eis que, em sua palestra no início dos anos 80, Jobs proferiu aquela que considero uma das mais belas explicações sobre o que são computadores – ou, de forma geral, tecnologia:
“O computador é a ferramenta mais extraordinária que criamos. Ele é o equivalente a uma bicicleta para as nossas mentes” (Steve Jobs, 1980, tradução minha).
Ora, tal como as bicicletas melhoram nossa capacidade de locomoção, aumentando nossa velocidade e diminuindo a quantidade de energia que gastamos, assim são os computadores. Eles ampliam nossas mais variadas capacidades. Com eles, realizamos trabalho intelectual que outrora levaríamos dias, meses ou até anos para terminar. Os computadores proporcionam inovações em áreas como medicina, engenharia, vendas, marketing e logística. Eles também potencializam nossa força criativa, facilitando e tornando possível o surgimento de inúmeras obras dos mais variados tipos de arte.
E permitem que eu, a convite do Agazeta.net, compartilhe um pouco do que sei com vocês.
Meu nome é Gustavo Cardial. Sou paulistano, professor no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Acre, tenho especialização em Computação Forense e sou mestrando em Ciência da Computação, na área de Inteligência Computacional. Sou apaixonado por ciência, raciocínio lógico e, sobretudo, crimes digitais (afinal, computadores são bicicletas para a mente humana – e como disse Rousseau, o homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe). E é uma honra dispor deste espaço para refletir, com vocês, sobre os diversos aspectos da tecnologia e dos computadores – essa tão instigante ferramenta que amplia nossas potencialidades, enquanto raça humana, para além de limites imagináveis.
Até o próximo texto!
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Em tempo: fiquem à vontade para comentar com opiniões e, principalmente, sugestões de temas – qualquer assunto que tenha a ver com tecnologia – ou dúvidas sobre as quais vocês gostariam de ler por aqui.
Gustavo Cardial é especialista em Computação Forense, mestrando em Ciência da Computação e professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Acre (Ifac)