Você vai rir e chorar, se reconhecer e sentir aquele sentimento de “o melhor que o Brasil tem é o brasileiro”
O cinema brasileiro possuí incríveis obras que nos levam de grandes gargalhadas até as lágrimas e a reflexão, além do melhor de tudo, nos ver enquanto brasileiros representados nas telinhas. Por isso, a coluna Os Estagiários traz cinco filmes nacionais para você assistir durante o final de semana.
1 . O Auto da Compadecida
O clássico do cinema nacional é um filme de comédia dramática de 2000 dirigido por Guel Arraes e continua popular até os dias atuais, 11 anos depois de sua estreia. A história se passa no inicio dos anos 30 no interior da Paraíba e acompanha dois amigos em suas aventuras, até Jesus e Maria entram no meio da trama, que mantém frases icônicas no imaginário brasileiro vivas até hoje como “Eu já fui dizendo I love you e ela se derreteu todinha, que quer dizer morena em francês”. O Auto da Compadecida é garantia de boas gargalhadas. O filme possui classificação indicativa livre para todos os públicos.
2. Minha mãe é uma peça
MARCELIIIINAAAAAAAA! (Eu sei que você ouviu a voz dela) Protagonizado por Paulo Gustavo e escrito pelo mesmo o filme de 2013 logo ganhou o coração dos brasileiros ao verem a figura da mãe brasileira tão bem representada ao longo da trama. O longa fez tanto sucesso que ganhou mais dois em sequência onde podemos acompanhar Dona Hermínia lidando com o crescimento de seus queridos filhos e também com o seu redescobrimento sendo uma mulher além de ser mãe. Apesar de ser uma comédia, o filme pode tirar lágrimas dos mais sensíveis em alguns momentos e com certeza boas gargalhadas com suas cenas icônicas. O filme possui classificação indicativa para maiores de 12 anos.
3. Bacurau
O novo queridinho dos amantes de cinema nacional. Classificado nos gêneros de drama, faroeste, terror gore, fantasia e ficção científica, o filme estreou em 2019, escrito e dirigido por Kleber Mendonça e Juliano Dornelles. Bacurau recebeu o Prêmio do Júri no Festival de Cannes. Falando da história, algumas pessoas dizem que há uma espécie de pacto silencioso entre quem já assistiu a obra de não comentar nada sobre e apenas dizer um misterioso “apenas assista”. A história se passa em uma cidade chamada Bacurau no interior de Pernambuco em um futuro próximo, a cidade está mergulhada em um luto pela morte de sua matriarca quando percebe drones passeando pelos céus e dois forasteiros se aproximarem, depois disso, o sinal de telefone e conexão com a internet desaparece e coisas estranhas começam a acontecer, até que a pacata população de Bacurau resolve reagir, com a frase marcante “tu quer morrer ou quer viver?” eu digo termino essa indicação acrescentando “apenas assista”. O filme possui classificação indicativa para maiores de 12 anos.
4. Que horas ela volta?
“Que horas ela volta?” é de 2015 com o gênero drama, o filme é protagonizado por Regina Cazé que interpreta uma empregada doméstica chamada Val em uma casa de classe média alta. O filme deixa evidente as divisões e a desigualdade no Brasil. Val tem uma filha que decidi visita-la em São Paulo para prestar vestibular, e ela fica hospedada na casa dos patrões de Val que não a recebem muito bem, após ser convidada a tomar banho na piscina da casa pelo filho dos patrões é repreendida pela mãe e a dona da casa manda limpar imediatamente a piscina, pois viu ratos por perto. É um filme duro que retrata a realidade vivida por muitas mulheres que trabalham como empregadas domésticas e nos leva a refletir sobre a desigualdade e o caráter das pessoas que nos cercam. O filme possui classificação indicativa para maiores de 12 anos.
5. Hoje eu quero voltar sozinho
O filme é classificado como drama e romance e acompanha Léo um adolescente cego em sua descoberta como homossexual. O longa-metragem de 2014 é baseado no curta-metragem que foi censurado após exibição em uma sala de aula aqui no Acre por ser confundido como parte do Kit Anti-Homofobia e por pressão de líderes religiosos do estado o curta-metragem foi censurado de ser passado nas escolas. Mas o longa-metragem “Hoje eu quero voltar sozinho” se tornou um sucesso absoluto acumulando diversos prêmios. A história retrata com uma enorme delicadeza e cuidado como Léo se sente assim como todos os outros personagens, é tipo de romance fofinho que faz você suspirar no final. O filme possui classificação indicativa para maiores de 12 anos.
Luana Dourado é estudante de jornalismo e estagiária no site Agazeta.net