Com a intensificação da seca e a ausência de chuvas, o nível do Rio Acre continua em queda e acende o alerta em Rio Branco. De acordo com a Defesa Civil do município, a capital acreana enfrenta 43 dias sem precipitação significativa, e a previsão é de que chuvas regulares só voltem no fim de novembro.
Nesta segunda-feira (4), o rio foi medido em 1,53 metro, ficando a apenas 30 centímetros da menor marca histórica, registrada em 2024, quando o nível atingiu 1,23 m. Diante do quadro atual, o que antes era classificado como estiagem passou a ser considerado seca, agravando os impactos em diversos setores.
“O solo está extremamente seco. Julho praticamente não teve chuva, apenas um dia com precipitação muito fraca. Agosto pode apresentar um pouco mais de chuva, mas não será suficiente para reverter o cenário. A situação é crítica e deve se prolongar até setembro”, informa a Defesa Civil.
Entre os prejuízos já registrados estão impactos na piscicultura, agricultura, navegação e bacia leiteira. A escassez de água afeta diretamente a produção e a logística, além de comprometer a qualidade de vida das populações urbanas e rurais.
Para mitigar os efeitos da seca, a Defesa Civil mantém dois planos de contingência ativos em Rio Branco:
- Plano de exaurimento hídrico, responsável pelo abastecimento emergencial de água em áreas rurais, atendendo milhares de pessoas em cerca de 72 comunidades;
- Plano de combate às queimadas, voltado para o controle da poluição do ar e redução de danos ao meio ambiente e à saúde pública.
O órgão também alertou para o risco de comprometimento do sistema de captação de água potável, caso o nível do rio atinja 1,40 metro. Diante da gravidade do quadro, a Defesa Civil estuda, com apoio da Prefeitura de Rio Branco, decretar situação de emergência por seca nos próximos dias.
A seca do Rio Acre, única fonte de abastecimento da capital, é motivo de preocupação para autoridades e moradores. Com um cenário que tende a se agravar, a recomendação é de uso consciente da água e atenção às orientações dos órgãos oficiais.
Com informações da repórter Natália Linsoso, para TV Gazeta.