Delegada prepara procedimento de falsa comunicação de crime
Na semana passada, uma estudante de 18 anos mobilizou a Delegacia da Mulher de Cruzeiro do Sul, numa denúncia de sequestro relâmpago.
Segundo a vítima, ao sair do colégio na noite da última quarta-feira, ela foi abordada por dois homens que chegaram num carro preto e estavam encapuzados. Eles teriam forçado ela a entrar no veículo, onde estavam mais dois homens. Em seguida teria sido levada a um terreno baldio e abusada sexualmente por um dos elementos. No depoimento à polícia a jovem afirmou ainda, que foi obrigada a ingerir bebida alcoólica.
A jovem disse ainda à polícia que permaneceu todo tempo encapuzada e que foi levada até perto de casa, por volta das 3 da madrugada muito machucada. Aparentemente a jovem prestou o depoimento em estado de choque.
No início a polícia cogitou a possibilidade, de o crime ter sido cometido por pessoas conhecidas da estudante, mas investigando cada informação prestada por ela, a delegacia da mulher chegou a conclusão que tudo não passava de uma farsa. “As informações não batiam. Pessoas que estavam com ela no momento dos fatos relatados contaram que ela teria bebido, que estava em companhia de rapazes. Que teria tido relação consentida com um deles e teria ficado há poucos metros de casa. Por ter chegado às 3 da madrugada e não ter o que justificar ela inventou essa história”, disse a delegada Carla Ivane.
A mentira agora pode virar outro problema na vida da estudante. “Estaremos fechando procedimento e indiciando essa pessoa por falsa comunicação de crime”, explicou a delegada.