A primeira medição desta segunda-feira foi de 13,72 metros, desde o dia 17 de março, quando atingiu a marca de 15,88 metros, o Rio Acre tem apresentado sinais de vazante. No total, 175 famílias deixaram as casas e foram levadas para um abrigo público. São 547 pessoas, entre crianças, adultos e idosos, que hoje não têm onde morar.
Segundo a Defesa Civil Municipal, mesmo com o nível do Rio já estando abaixo da cota de transbordo, ainda não é o momento das famílias que estão abrigadas no parque de exposições voltarem para as casas. “Não é recomendado ninguém voltar. Inclusive, nós não faremos o retorno dessas famílias até termos uma cota de segurança. A partir daí é que nós recomendamos e vamos fazer o retorno das famílias que estão sobre tutela do município, que são as famílias que estão em abrigos e aquelas famílias que nós levamos para casas de parente. “
O coordenador da Defesa Civil, disse que quatro pontos importantes definem o momento de retorno. Além do nível do rio precisar estar abaixo de 10 metros, é necessário que seja feito a limpeza dos bairros, a limpeza das casas e uma vistoria de segurança por parte da Defesa Civil. “Nós estamos dentro de uma possível normalidade. Agora nós estamos entre uma cota de alerta e uma cota de transbordamento. Verificamos toda a bacia do rio Acre, está totalmente vazante nesta segunda-feira, mesmo com aumento em Brasileia não ameaça que tenha uma mudança de cenário. O que esperamos aqui para frente é que mesmo que ele tenha oscilações positivas, mas que ele não deve mais ultrapassar uma cota de transbordamento neste ano de 2025.”
O serviço de limpeza pública iniciou nesta segunda-feira, nove bairros serão atendidos. As frentes de serviço contam com 150 trabalhadores e tem o suporte de 55 máquinas. A prioridade é a limpeza das ruas. A retirada da areia irá viabilizar a liberação do tráfego em diferentes pontos da cidade. Na casa da dona Roselene Dantas, o acesso ao tráfego já estava comprometido. Agora com a limpeza, ela torce para que não ocorra nenhum repiquete que volte alagar a rua.
“É preocupante porque a autoridade diz que ainda vem esse tal de repiquete, Deus queira que não venha, né? Até que chegou até que na minha calçada, ótimo, todo dia pedir a Deus que não venha esse repiquete, porque entra dentro de casa, é um transtorno todo para todo mundo”, concluiu.
Com informações da repórter Débora Ribeiro para TV Gazeta