O nível do Rio Acre segue crítico, na manhã desta sexta-feira (19), às 06h atingiu a marca de 1,63 metros, muito abaixo do esperado para essa época do ano. A falta de chuvas significativas têm contribuído para a baixa vazão do rio, o que coloca em risco o abastecimento de água na cidade de Rio Branco e em comunidades rurais.
De acordo com o Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (Saerb), o nível do Rio Acre entre os meses de agosto e setembro, se encontra bem abaixo do normal para o período. Se continuar nesse ritmo, o manancial deve ficar abaixo de 1,50 metros na próxima semana. Ao que tudo indica, este ano o rio pode superar a marca histórica de crise hídrica alcançada em 2022 com 1,25 metros.
Por conta da dificuldade de navegação e da escassez dos recursos hídricos, as comunidades rurais também sofrem com a seca e recebem abastecimento de caminhões pipas por meio da Coordenadoria municipal de Defesa Civil (Comdec).
O Presidente-Diretor do Saerb, Enoque Pereira conta que apesar da situação, o abastecimento tem se mantido sob controle na capital: “O rio Acre é a nossa única fonte de água, não tem plano B, estamos enfrentando dificuldades porque o rio já está nos dando dificuldade. Além disso, temos uma equipe boa, estamos trabalhando, só se o rio secar que a gente fica ruim de água, mas estamos nos preparando para isso, para não faltar água em Rio Branco”, diz.
Pereira, relata que a quantidade de água que Rio Branco produz é suficiente para abastecer toda a cidade, mas o desperdício ainda é um grande problema: “Os usuários, infelizmente, ainda não tratam a água, uma coisa coletiva. Então a gente pede que a população tenha essa consciência, não só agora, mas também durante todo o ciclo do ano, só usem água necessária”, finaliza.
Com informações da repórter Wanessa Souza para TV Gazeta