Aprender a costurar tem outro sentido para um grupo de 20 mulheres portadoras de necessidades especiais. Elas iniciaram, nesta segunda-feira, um curso com a perspectiva de aumentar a renda da família.
Esse estímulo faz parte da terapia ocupacional promovido pela Central de Articulação de Entidades da Saúde (Cades) aqui de Rio Branco.
Verônica Souza não trabalhava fora, mas sempre desejou contribuir com o orçamento familiar através de uma atividade que permita cuidar da casa e do filho pequeno ao mesmo tempo.
Ela encontrou a oportunidade e promete não desperdiçar. Por meio do curso de corte e costura oferecido na Cades, ela quer aprender o ofício pelo qual sempre sonhou em trabalhar. E já quer dominar a arte nos próximos três meses. “Ser costureira é uma coisa, ser profissional é diferente”, compara Verônica. “Eu quero ser profissional”, disse.
O curso de corte e costura é promovido por três entidades ligadas a pessoa portadora de necessidades especiais, entre elas a Associação Acreana de Pais com Filhos Especias (ASSAPAFE).
Nesta segunda, elas conheceram a sala de aulas práticas e também os materiais de trabalho. Ao final da capacitação, todas vão receber certificado de conclusão. A coordenadora do curso, Cristina Nemetala, explica que um dos objetivos é tirar as mulheres da ociosidade, trabalhando o aspecto da terapia ocupacional.
“Nós temos o caso de uma mãe que deu depoimento dizendo que perdeu o filho há um ano: chorava todo dia e viu, no curso, a oportunidade para se recuperar da depressão”, relata.
A coordenação também pretende propor a criação de uma cooperativa de costureiras para que as alunas continuem unidas como profissionais e empreendedoras.