O Rio Acre registrou um nível de 4,62 metros nesta quarta-feira (22), 54 centímetros a menos em relação às últimas 24 horas. Apesar de parecer um indicativo tranquilizador, a Defesa Civil de Rio Branco ressalta que a baixa cota do rio em janeiro não garante ausência de transbordamentos nos meses seguintes.
Segundo o coordenador municipal da Defesa Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão, históricos mostram que enchentes significativas podem ocorrer mesmo quando o rio apresenta níveis baixos no início do ano. Em 2015, por exemplo, o Rio Acre estava acima de 11 metros no dia 21 de janeiro, e o período marcou a maior cheia registrada. Por outro lado, em 2024, o nível era de aproximadamente 5 metros, mas o ano entrou para a história com a segunda maior inundação.
O acumulado de chuvas também apresenta discrepâncias relevantes. Enquanto janeiro de 2023 registrou 241 milímetros de precipitação até o dia 21, este ano acumula apenas 93 milímetros no mesmo período. Apesar da baixa pluviometria, a Defesa Civil reforça que os meses de fevereiro e março, historicamente os mais chuvosos, podem reverter esse cenário.
“A pouca chuva em janeiro e o nível baixo do rio não garantem que não teremos transbordamentos. É fundamental que a população permaneça atenta, especialmente quem vive em áreas ribeirinhas ou próximas a igarapés”, explicou Falcão. Ele também destacou a importância de acompanhar os boletins emitidos pela Defesa Civil, que monitora a situação diariamente.
Atualmente, a cota de alerta para o Rio Acre é de 13,50 metros, enquanto o transbordamento ocorre a partir dos 14 metros. Embora os níveis estejam distantes desse patamar, a Defesa Civil orienta que a população mantenha a atenção redobrada e siga as orientações das autoridades, sobretudo em relação às chuvas previstas para os próximos meses.
Com informações da repórter Débora Ribeiro.