Reclamação é contra Centro de Controle Oncológico do Acre
A técnica de enfermagem Ianes Maria Teixeira está com nódulos no seio e precisa passar por um especialista para saber se está ou não com câncer. Ianes foi encaminhada para o Centro de Controle Oncológico do Acre e aguarda agendamento de consulta há dois meses.
Nesta sexta-feira (24), acompanhada do marido, a mulher retornou ao centro, e se desesperou. O atendimento com o especialista só poderia ser marcado para setembro. “O caso está evoluindo, eu sentido dores, e aí, tem que aguardar”, comenta Ianes.
Segundo o marido da paciente, Ubiraci Melo, pela manhã outras mulheres receberem a mesma notícia e saíram do Cecon chorando. “Tinha pessoas com casos sérios, expelindo líquido mal cheiroso do seio”, relata.
Sem uma definição, a espera para as pacientes é angustiante. “É traumatizante por que não sei como vai ser. Só eu sei o que estou sentindo”, completa Ianes.
A situação ainda é pior para a mulher de José Januário. Ela aguarda por uma biópsia há 4 meses, e ainda não sabe quando o exame será feito. “Ela não está com uma gripe qualquer que se cura em posto de saúde. É grave, pode ser câncer”, alerta José.
Segundo o gerente administrativo do Cecon, Mário Ferreira, 12 profissionais, entre médicos e técnicos atendem as pacientes diariamente. Hoje pela manhã, havia apenas 3 no local. De acordo com ele, uma médica mastologista está de licença e isso tem acarretado atrasos nos agendamentos.
“O agendamento se estende por que vai para outro médico. O medico não fica sobrecarregado, atende o mesmo número de pacientes por dia, só que alonga o agendamento”, explicou Ferreira.
O gerente do Cecon tomou conhecimento através da reportagem sobre os casos que nos levaram até o local e resolveu de imediato cada um deles.