Doença autoimune afeta a pele e não é contagiosa
A Psoríase é uma doença autoimune que apresenta lesões avermelhadas e descamativas, normalmente em placas, que aparecem, em geral, no couro cabeludo, cotovelos e joelhos. A doença é causada além da genética por fatores psicológicos, estresse, exposição ao frio, uso de certos medicamentos e ingestão alcoólica que pioram o quadro.
Anne Nascimento é jornalista e foi diagnosticada com Psoríase “sentia os sintomas há três anos e nunca pediram uma biópsia, até que um clínico geral pediu e deu o resultado, eu não fiquei triste ou algo do tipo, me senti tranquila porque sabia o meu diagnóstico e com ele pude estudar a doença para ter uma qualidade de vida melhor”.
As lesões aparecem na pele e são comumente e erroneamente confundidas com desleixo ou como algo infeccioso, mas a Psoríase não é contagiosa, é uma condição causada por uma desregulação de mediadores chamados interleucinas, que causam um aumento localizado na produção de pele, o que faz as lesões aparecerem.
De forma mais simples e de acordo com o site amigoscompsioriase o corpo humano não para de produzir células que vão subindo pelas camadas da pele como se fossem uma fila andando, até serem eliminadas. Depois de cerca de um mês seu destino é um só: se soltar de nosso corpo e cair na forma de pó. Esse processo não é visível a olho nu, mas sim nós trocamos de pele pelo menos a cada 30 dias! Acredita-se que o ser humano elimina cerca de 3 quilos de pele “morta” por ano.
Ainda de acordo com o site em uma pessoa com psoríase, esse processo produção das células da pele é fora de controle e muito acelerado e a troca de pele acontece a cada 5 dias mais ou menos. O resultado é a vermelhidão por causa da inflamação e as escamas que são o acúmulo de pele morta na superfície da pele.
“É uma doença autoimune e você aprende a conviver com ela, a minha pele me dá muito trabalho, mas ela também me faz entender coisas que estão acontecendo na minha vida que às vezes eu não daria a real atenção, a minha pele diz quando eu não estou muito bem emocionalmente, ela mostra. Conviver com psoríase é conviver tendo que se cuidar 24 horas por dia”, declara a jornalista.
A enfermidade atinge igualmente homens e mulheres, e costuma surgir entre 20 e 40 anos de idade. Existem diversos tipos de Psoríase e o tratamento pode ser todo feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
“O melhor tratamento que existe é pelo SUS, o SUS oferece os biológicos, ele oferece os medicamentos necessários, e é um tratamento bem eficaz, sempre digo para defender o SUS a dose dos remédios em alguns casos pode ser muito cara, então protejam o SUS”.
Preconceito
Uma das principais dificuldades enfrentadas por quem tem Psoríase é o preconceito, algumas pessoas chegam a se isolar por completo, sentir vergonha do próprio corpo e tentar se esconder. A melhor forma de combater esse preconceito é com informação e falar abertamente sobre o assunto.
“Tem muito preconceito, porque as pessoas pensam que é desleixo, que às vezes a ferida aparece e elas pensam que a gente tá sujo, que a gente não cuida direito e tem sim preconceito as pessoas ainda não entendem que é sim uma doença autoimune e que não pega, então as pessoas tem certo nojinho, já passei por situações constrangedoras com dermatologistas também que a gente ver que eles têm um olhar que não é um olhar humanizado e a gente acaba sofrendo muito”, declarou a Anne Nascimento.
A digital influencer e empresária Kim Kardashian já falou abertamente em suas redes sociais sobre ter psoríase, são ações como essa que importam isso reforça para que as pessoas não tenham receio de ficarem próximas ou encostar em alguém que tenha a doença. Afinal isso gera um isolamento social e afetivo muito grande no portador, o que compromete a qualidade de vida.