Mesmo baleado, Marconi ainda manteve controle do ônibus
O delegado Paulo Rezende, plantonista da Delegacia de Flagrantes ontem à noite, indiciou seis pessoas envolvidas no assassinato do motorista Raimundo Marconi Santana, de 39 anos.
Quatro pessoas participaram diretamente: dois ficaram em motos fora do ônibus e dois entraram no coletivo anunciando o assalto. Das seis pessoas envolvidas, cinco têm passagem pela prisão.
O delegado também indiciou o casal que morava na casa localizada no Nova Esperança para onde o grupo se dirigiu após o crime. Dos seis, apenas a mulher não tem passagem pela polícia.
Os nomes dos assassinos que participaram diretamente do latrocínio são:
José Carlos de Melo Júnior, 24. Estava em uma das motos dando apoio ao grupo.
Leandro Sousa dos Santos, 28, estava na segunda moto: saiu do presídio em 2013.
José Aroldo dos Santos Silva, também de 28 anos: saiu do presídio em janeiro deste ano.
Foi José Aroldo quem atirou no motorista e estava na parte de trás do ônibus recolhendo os pertences dos passageiros.
Wesley Presley Cavalcante da Silva, 27 anos: não estava mais cumprindo pena em regime semi aberto. Levou o tiro na perna. Esse tinha um mandato de prisão em aberto
José Carlos de Melo Júnior. Ele deu amparo ao grupo de assaltantes na casa do Nova Esperança. Tinha passagem pela polícia. Saiu do presídio no ano de 2013.
O Fato
Por volta de oito horas da noite de segunda, o ônibus da linha Ufac, que estava no itinerário bairro/Centro, conduzido pelo motorista Raimundo Marconi Santana foi invadido por dois assaltantes.
Anunciaram o assalto. Marconi, ao perceber a situação, tentou mudar o itinerário ao fazer a rotatória. Nesse instante, um dos assaltantes começou a atirar. Três disparos atingiram o motorista.
Mesmo baleado, Marconi “segurou” o ônibus e manteve o controle parcial do veículo. O ônibus parou em um posto de combustível em frente à Escola Estadual Armando Nogueira.
Vigilante foi crucial para prisão rápida
Ao sair, um dos assaltantes ainda esboçou atirar em um dos frentistas. Foi o momento em que os motociclistas chegaram. Os quatro se dirigiram à Via Verde. Não perceberam que estavam sendo seguidos por um vigilante que orientou a polícia por telefone.
Ao observar a casa onde os quatro assaltantes entraram, esperou a chegada dos policiais que fizeram o cerco. A prisão foi feita em flagrante.