Aos 18 anos, Valdir Novaki saiu do interior do Paraná onde trabalhava na roça para conquistar uma vida melhor à família, na capital Curitiba. Depois de algumas experiências como lavador de carros, manobrista e atendente de banca de revista ele descobriu o verdadeiro ofício. Na praça onde ficava a banca começou a apurar junto aos vendedores ambulantes como poderia conseguir a licença para vender pipocas. “Eu encaminhei o pedido no ano de 92 e em 24 de Agosto de 2006 consegui a concessão do ponto”, explica.
Foram necessários 14 anos para Valdir conseguir iniciar com o sonho de vender pipocas, mas ele afirma que não desanimou. “Eu sabia que era aquilo que eu queria fazer”.
O dinheiro que Valdir dispunha só dava para comprar o carrinho e o milho da pipoca, mas ele não desistiu. Fez do pequeno negócio, uma história de sucesso. De um faturamento de R$ 800,00 ele passou a ganhar R$ 6 mil reais em apenas 8 meses. Esse salto foi graças a idéias inovadoras que o pipoqueiro implantou no negócio. “Eu ofereço aos clientes um kit de higiene bucal, com fio dental e também uma balinha de menta pra dar um frescor na boca. Também tenho todo material higienizado com álcool. Entre outras coisas o cartão fidelidade, promoção, chorinho na pipoca”, explica.
Valdir é um homem feliz, não apenas pelo sucesso no trabalho, mas por que através dele, conseguiu realizar muitos sonhos da família. “Consegui dar a casa e o conforto que minha mãe merece. Depois de ter criado 12 filhos ela merece esse cuidado e minha família também conquistou uma casa e um carro pra continuar vivendo bem”, disse.
A experiência de sucesso de Valdir já ultrapassou as fronteiras e agora está também na Web. Ele tem um site onde mantém contato com clientes e também oferece outras informações como por exemplo: mais de 500 receitas de pipoca. A história desse empreendedor é um exemplo compartilhado em todo país através de palestras oferecidas pelo Sebrae. No Brasil existem 3 milhões e 600 mil empreendedores individuais formalizados e todo ano, cerca de 1 milhão entram no mercado. Diante dessa realidade, para competir, é realmente preciso fazer a diferença, assim como o pipoqueiro paranaense faz.