Pessoas privadas de liberdade fazem parte do grupo prioritário na vacinação
Texto da repórter Aline Rocha.
Foto: TV Gazeta.
Durante mais uma agenda de inspeções, o Ministério Público do Acre (MPAC) constatou que há detentos do presídio Francisco de Oliveira Conde (FOC) em Rio Branco, que não chegaram a tomar nenhuma dose da vacina contra a covid-19.
“No dia 7 e 8 de setembro o MPAC fez uma inspeção no FOC e lá na amostragem nós pegamos dois pavilhões e 16 celas, nessas celas em 14 foram encontrados 108 reeducandos que sequer chegaram a tomar a primeira dose da vacina do coronavírus”, relatou o promotor Tales Tranin.
Seguindo a orientação do Plano Nacional de Imunização do Ministério da Saúde, o Acre começou a vacinar as pessoas privadas de liberdade no dia 31 de maio de 2021.
“A classe prisional é um grupo prioritário que já tem a idade mínima de 18 anos e que obviamente não podem sair para tomar vacina. É o poder público que tem que levar essa vacina para eles, então no momento em que o poder público já está vacinando pessoas de 12 anos que não são grupo prioritário, está havendo fura fila por parte do poder público”, reforçou o promotor.
Em resposta a situação, o presidente do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), Alernisson Cunha, informou que alguns apenados em Rio Branco, não foram vacinados porque foi exigido a carteira do SUS no momento da imunização e alguns deles não possuem esse documento.
“A única dificuldade seria alguns requisitos de algumas documentações que estavam sendo exigidas como o cartão do SUS e outras documentações, mas já foi superada essa demanda juntamente com a secretaria municipal e acredito que vão estar brevemente finalizando a primeira dose e começando a segunda. É importante destacar que todos os idosos que estão reclusos nas unidades prisionais já foram vacinados com a primeira e segunda dose e agora já próximo de receber a terceira dose”, relatou Cunha.
A partir de agora o MPAC também acompanha a situação de perto.
“Oficializei para diversos órgãos, responsáveis por isso, solicitando a apuração minuciosa de todos os reeducandos que não tomaram a primeira dose e a imediata vacinação deles.”, relatou Tranin.
Alernisson Cunha, presidente do Iapen ressaltou que o problema somente aconteceu em Rio Branco, mas que nos presídios dos demais municípios acreanos não houve empecilhos no processo de vacinação.
“Em Cruzeiro do Sul, por exemplo, tem sido uma referencia, já foi vacinado a primeira e a segunda dose, Tarauacá já foi vacinado a primeira dose, Sena Madureira também já vacinou a primeira dose e está começando a segunda, em Senador Guiomard nós temos uma unidade prisional lá que já iniciou a segunda dose, então todos os demais municípios do estado onde temos unidades prisionais já foi finalizado a primeira dose e iniciado a segunda.”, concluiu Cunha.