Célio Gadelha teve o mandato cassado por compra de votos, mas recorreu da decisão
Pela terceira vez em 2021, o vereador de Rio Branco, Célio Gadelha, do MDB, vai viajar para fazer um curso. Dessa vez, o parlamentar vai para a cidade de Foz do Iguaçu, no Paraná, no período de 18 a 23 de outubro.
A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) desta terça-feira (19), e foi assinada pelo presidente da Câmara de Rio Branco, o vereador N. Lima, do Progressistas.
Para participar do curso “Cuidados Indispensáveis para o Gestor Público Municipal”, Gadelha vai receber 5,5 diárias para realizar a viagem, além de levar seu assessor parlamentar, Francisco Paulo Ferreira.
Viagens em 2021
Em setembro, o vereador viajou para Natal, no Rio Grande do Norte, com o assessor parlamentar Antônio Rufino Coelho, para participar do curso “Elaborando o Orçamento Público Municipal – Noções Gerais e Fundamentos”. Ele saiu de Rio Branco no dia 20 de setembro e retornou no dia 26, e recebeu 6,5 diárias, no valor aproximado de R$ 6 mil.
O parlamentar também viajou para São Paulo capital durante o período de 10 a 14 de agosto para participar do curso de capacitação de “Ética Moral na Administração Pública”. Gadelha recebeu 4,5 diárias, cerca de R$ 4,2 mil.
Investigação
Em 20 de maio deste ano, Célio Gadelha foi alvo da operação Sine Vox, em tradução livre “sem voz”, da Polícia Federal do Acre, pelo crime de corrupção eleitoral – suspeito de compra de votos – ocorrido nas eleições municipais de 2020.
No último mês, o vereador teve o mandato cassado por abuso de poder econômico. A decisão foi dada pelo juiz eleitoral Gilberto Matos de Araujo, que julgou procedente a ação em 1ª instância. Além disso, foi declarada a nulidade dos votos de Célio, e decidido que deve ser feito o recálculo do quociente eleitoral, incluindo a inelegibilidade do parlamentar por oito anos.
Por se tratar de uma decisão em 1ª instância, Gadelha, ainda poderá recorrer para o pleno do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), e se mantendo a decisão de cassação do mandato, ele poderá recorrer, por fim, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Parlamentar diz que tem a “consciência tranquila” de que não cometeu crime e que advogado já entrou com recurso.