Definição ocorreu após negativa do Palácio Rio Branco
O empresário do segmento da Construção Civil João Albuquerque será anunciado ainda nesta segunda-feira (9) como suplente do pré-candidato ao Senado pelo PT Ney Amorim. As primeiras conversas sobre a possibilidade de o empresário fazer parte da chapa majoritária aconteceram ainda na sede da Federação das Indústrias do Acre. Neste fim de semana, conversas entre Albuquerque e Amorim foram realizadas e se chegou a um consenso.
João Albuquerque é filiado ao PSB e preenche uma lacuna decididamente não ocupada pela chefe da Casa Civil do Governo do Acre, Márcia Regina. Ela era cotada para assumir a suplência de Ney Amorim. Mas, surpreendentemente, não fez parte do grupo dos gestores de primeiro escalão que se desligaram dos cargos para poder participar do pleito.
A negativa do nome de Marcia deixou vulnerável o nome de Ney Amorim que enxergava, na colega do Gabinete Civil, a possibilidade de ter apoio do Governo para a campanha. O gesto foi compreendido pela assessoria de Ney como um recado óbvio. “Tião escolheu o candidato dele”, teria dito o presidente da Aleac, em conversas a amigos.
As últimas derrotas do Palácio Rio Branco na Aleac armaram uma trincheira entre o parlamento e o Executivo. Mas, a postura de Ney junto aos colegas de plenário tem um preço e um custo. O preço é que Amorim tem aceitação (e apoio) de quase todos os parlamentares. E isso deve ter impacto positivo na campanha. O custo já pode ser sentido, por exemplo, na dificuldade de se conseguir suplência.
No processo de busca, o próprio presidente da Fieac, José Adriano, foi sondado. Mas, não aceitou o convite. Albuquerque, representando a categoria do segmento mais forte da indústria local, aceitou.