Representantes de entidades de defesa da criança e adolescente participaram de uma sessão solene na câmara de Rio Branco e criticaram seriamente os defensores da maioridade penal a partir dos 16 anos.
Para muitos, a delinquência juvenil é incentivada pela falta de punição com a prisão, por exemplo. Para as entidades, o próprio sistema carcerário não suportaria a quantidade de adolescentes infratores. Segundo J. Conceição, da Secretaria de Direitos Humanos do Estado, nos presídios os jovens ficariam mais violentos e não conseguiriam a ressocialização.
“Dados apontam que os adultos é que levam os menores ao crime. Não adianta só punir, é preciso buscar saídas de recuperação para o jovem infrator”, completou Conceição.
Outro ponto discutido foi a falta de políticas públicas para evitar que os jovens entrem para o mundo do crime. Sem emprego e expectativas, muitos vão para o tráfico de drogas ou assaltos, geralmente passam a maior parte da idade jovem dentro de uma cela, e quando voltam para as ruas, não têm outra saída.
Para o vereador Marcelo Jucá, que promoveu o encontro, o assunto precisa ser amplamente discutido pela sociedade. A cada dia mais jovens entram para o crime, disse o parlamentar durante o discurso na tribuna da câmara.