A Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac), discutiu nesta segunda-feira, 28, o porte de arma por agentes de segurança durante a folga em ambientes com venda de bebidas alcoólicas. O requerimento partiu do deputado estadual Adailton Cruz (PSB).
“Nós já encomendamos o estudo jurídico da nossa assessoria e agora vamos ouvir os operadores da segurança pública do estado. Jamais seríamos irresponsáveis de estar apresentando um projeto sem ouvir quem faz segurança, ouvir o seu sentimento, o que é que falta, se realmente é o melhor caminho” comenta o deputado.
A família e amigos do jovem Wesley Santos da Silva, que morreu um dia após levar dois tiros no abdômen por um policial na ExpoAcre, foram acompanhar a audiência pública. “É uma vida destruída para a vida toda, minha família é humilde, todo mundo trabalha, tem seu salário para sobreviver. Não tenho nenhum filho bandido, prisioneiro, drogado e muito menos assassinado” diz a avó da vítima.
A audiência contou com a presença de representantes de vários seguimentos, apesar do conteúdo da pauta ser delicado, não chega a dividir opiniões, porém eles sabem que é algo difícil de ser trabalhado.
“Acreditamos que toda discussão nesse sentido é válida, a audiência pública veio para trazer um estudo e melhor esclarecimento sobre essa restrição. No entanto, nós acreditamos que quem tem competência legislativa para legislar sobre a matéria do porte de arma de fogo é a união”, diz o coordenador de operações da Sejusp, Marcos Frank.
Representando o Ministério Público do Acre (MPAC), o promotor de justiça, Rodrigo Curti, participou da audiência, ele pontuou algumas situações como o uso de arma particular e a frequência com que os exames psicológicos são realizados junto aos agentes de segurança pública. O promotor sabe que não existe a ideia de evitar o porte e que a lei não permitirá isso, mas que pode ser possível modernizar essa regulamentação.
“O que nós estamos buscando é uma modernização, uma forma de tornar essa fiscalização mais eficiente de forma que possamos transmitir para sociedade e também para os agentes de segurança pública mais tranquilidade, mais segurança nos locais públicos e com aglomeração de pessoas”, afirma o promotor.
Com informações da repórter Débora Ribeiro para a TV Gazeta