O Festival Pachamama chega ao seu terceiro dia de programação no Cine Recreio, nesta quinta-feira (12), em Rio Branco, prometendo uma imersão cinematográfica marcada por diversidade e novas narrativas. Após reunir mais de 500 pessoas no segundo dia em seis sessões, o evento segue firme como uma das principais celebrações do cinema independente na região amazônica.
A agenda desta quinta-feira começa às 17h com “Peregrina”, dirigido por Juliana Barros, um filme que explora jornadas internas e externas de autoconhecimento. Em seguida, às 18h30, ocorre a estreia de “Premier Velande”, co-dirigido por Letícia Mamed, Altino Machado e Tiago Melo, prometendo uma abordagem sensível.
Às 19h, a programação ganha um tom internacional com “Zafari”, uma co-produção dirigida por Mariana Rondón, que promete transportar o público a um universo culturalmente rico. A noite encerra-se às 21h com “Centro Ilusão”, de Pedro Diogenes, uma obra que desafia percepções e realidades.
O Segundo Dia
O Cine Recreio e o município de Senador Guiomard na quarta-feira (11), receberam exibições que reforçaram a proposta inclusiva do festival, realizado pela Saci Filmes com apoio da Fundação Elias Mansour (FEM) e recursos da Lei Paulo Gustavo.
Destaque para a sessão acessível de “Noites Alienígenas”, dirigida por Sérgio de Carvalho, que emocionou ao trazer Libras para a tela grande. A programação seguiu com “A Trégua da Flauta”, de Silvio Margarido, e “Rami Rami Kinari”, dirigido por Lira Mawapal Huni Kuin e Luciana Txira Huni Kuin, reforçando o protagonismo indígena.
O longa “A Queda do Céu”, de Eryk Rocha e Gabriela Carneiro, também atraiu olhares atentos, enquanto uma exibição itinerante em Senador Guiomard ampliou o alcance do festival. A noite encerrou com o potente “Apocalipse nos Trópicos”, de Petra Costa, levantando reflexões sobre as crises políticas e sociais contemporâneas.

O diretor do festival, Sérgio de Carvalho, também destacou o retorno caloroso do público:
“Após três anos de pausa, voltamos com sessões cheias e público engajado. Exibir ‘Noites Alienígenas’ com acessibilidade foi um marco importante. Encerramos a noite com ‘Apocalipse nos Trópicos’, um filme necessário para refletirmos sobre o Brasil atual.”
No sábado, 14 de dezembro, o festival se despede com a exibição do filme “3 Obás de Xangô”, seguido pela aguardada Pachafesta na Casa Rio, um espaço de celebração e integração cultural.