Após três anos de pausa devido à pandemia, o Festival Pachamama – Cinema de Fronteira retorna com força total a Rio Branco, prometendo uma imersão no melhor do cinema latino-americano. De 10 a 14 de dezembro, o evento transformará a cidade em um ponto de encontro cultural, com exibições de filmes, debates, oficinas e celebrações.
O festival, que já percorreu a carretera interoceânica no interior do Acre e do Peru, chega à sua terceira etapa com entrada gratuita e uma programação distribuída por diversos locais da cidade. Contudo, o cinema e teatro Recreio será o epicentro das atividades, consolidando o papel do festival como um elo entre a cultura da floresta e dos Andes. O evento também abre espaço para reflexões sobre sustentabilidade e diversidade cultural, temas que são marca registrada do Pachamama.
Com curadoria especial, o festival exibirá produções aclamadas, como A Queda do Céu e Oeste Outra Vez, este último vencedor do Festival de Gramado 2024. Também ganharão destaque curtas-metragens acreanos, como o filme de Juliana Machado sobre Dona Peregrina e A Trégua da Flauta, de Silvio Margarido. Além disso, obras dirigidas por cineastas Huni Kuĩ reforçam a representatividade da produção indígena e local.
“O festival está com uma programação incrível. Filmes do Acre, da América Latina, uma diversidade cultural e cinematográfica que estamos ansiosos para compartilhar”, destacou o cineasta Sérgio de Carvalho. Segundo ele, a programação completa será divulgada em breve nas redes sociais do Festival Pachamama e da produtora Saci Filmes.
Outro ponto alto do festival será a Pacha Festa, que acontecerá na Casa do Rio, com apresentações de bandas locais e bolivianas. A festa será um momento para celebrar a união cultural entre os povos da floresta e dos Andes.
Documentário Empate
Paralelamente ao festival, o documentário Empate, produzido pela Saci Filmes, promete emocionar o público ao narrar a história de luta dos companheiros de Chico Mendes. Com lançamento em 5 de outubro, o filme já está em circuito nos cinemas independentes do Brasil.
“O documentário reflete os 30 anos após o assassinato de Chico Mendes. É um tributo à resistência dos povos da floresta, com depoimentos de figuras emblemáticas como Hugo Mercindo e Sabá Marinho. É uma história que merece ser vista e lembrada”, afirmou Sérgio de Carvalho.