De acordo com dados divulgados no boletim da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Acre, São Paulo, Pernambuco, Rio de Janeiro, Goiás, Rio Grande do Sul e Sergipe aparecem como tendência de crescimento com probabilidade de 75% nos casos de síndrome respiratória aguda grave, relacionados à Covid-19. Os dados levam em consideração as semanas epidemiológicas 41 e 42, sendo que a atual é a 45.
“Nas semanas 41 e 42, a gente estava com uma média de dez casos. A partir da semana 43, voltamos a ter aquela estabilidade entre três a cinco casos semanais. Nosso acompanhamento é diário”, afirma Anub Martins, técnica da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre).
Rio Branco, a capital, concentra a maior preocupação, tendo em vista que é a porta de entrada para muitas pessoas que visitam o Estado. A principal medida de proteção é a vacina, porém, segundo o boletim do Programa Nacional de Imunização (PNI), a cobertura vacinal no Estado é baixa.
“Não temos, hoje, um número alto de casos, o que a gente tem é uma tendência ao crescimento, até porque em outras regiões do país temos um aumento no número de casos. As pessoas vêm para o Estado e acabam trazendo esses casos de Covid”, destaca Martins.
Nos dados das vacinas monovalentes, em agosto, das 896.165 pessoas inseridas no público alvo, 713.848 tomara a primeira dos, cerca de 79,6%. Já a segunda dose, foram cerca de 588.199 pessoas, o que corresponde a 65,6%. Vale ressaltar que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda uma cobertura de 90% e a vacinação iniciou em fevereiro de 2021.
Ainda de acordo com o boletim do PNI, a vacinação da bivalente, que é o reforço de 2023, estava mais baixa. Das mais de 700 pessoas aptas, apenas 55.528 procuraram as unidades de saúde, ou seja, 7,87%. Em Rio Branco, que representa quase a metade do público, das 340.930 pessoas, somente 33 mil tomaram o reforço (9,80%).
“É necessário que a população tenha consciência da vacinação, que é a única forma de conter o vírus”, finaliza.
Matéria produzida em vídeo pelo repórter Marcio Souza para a TV Gazeta