“Hoje é o Juruá que está sem leitos, amanhã pode ser Rio Branco”
Em entrevista ao programa Gazeta Alerta nesta quarta-feira (3), o governador Gladson Cameli se pronunciou a respeito dos decretos restritivos e da nova classificação de todo o estado para bandeira vermelha, nível de emergência.
Mesmo sendo contra o “lockdown”, o fechamento total do comércio e serviços não essenciais, Gladson Cameli estabeleceu a prioridade de salvar vidas. “Pode haver um colapso no sistema de saúde pública, mesmo com esse decreto. Eu não sou a favor do lockdown, mas eu tenho que proteger a população”, declarou.
O governador do estado pediu que a situação não fosse politizada, “não há tempo de achar um culpado agora, o que eu peço é que a população nos ajude para evitar o pior”, disse e usou como exemplo o estado vizinho, Amazonas, que sofreu com o colapso em Manaus no sistema público de saúde.
Durante a entrevista ao vivo para o jornalista Edvaldo Souza, Cameli foi informado de que não havia mais leitos disponíveis na região do Juruá. “Eu não sabia, mas já imaginava que algo assim poderia acontecer, digo aqui ao vivo, para quem estiver escutando, se houver hospitais particulares lá com leitos eu vou dar um jeito para nossa população ter assistência”, declarou.
O governador acrescentou ainda que na quinta-feira (4) chega ao estado 20 mil novas doses da vacina. “O povo do meu estado precisa saber que eu não vou medir esforços para virarmos essa página”.
Gladson disse ainda que há a possibilidade de destinar uma quantia em dinheiro para as famílias carentes do estado. “Hoje é o Juruá que está sem leitos, amanhã pode ser Rio Branco ou no interior. Eu só peço que a população nos ajude a enfrentar esse momento”, finalizou.
