A greve dos médicos no estado começou na quarta-feira, 31 de julho. Os profissionais não estão reivindicando um reajuste salarial, mas sim o pagamento de adicionais que ainda não foram quitados, como titulação, de emergência e urgência, e insalubridade.
“Há colegas que trabalham no mesmo setor e hospital, expostos aos mesmos riscos, mas que têm diferenças nos pagamentos. Aqueles que não recebem estão cobrando, e não se trata de um ou dois casos isolados. Trata-se de dezenas de profissionais. Não estamos parando o atendimento por causa de um ou outro caso; poderíamos resolver isso administrativamente. No entanto, é um comportamento reiterado da Sesacre”, afirma Guilherme Pulici, presidente do Sindmed/AC.
Na quinta-feira, cerca de 24 horas após o início da greve, representantes da categoria participaram da primeira rodada de negociações com o governo. No entanto, a paralisação deve continuar devido à falta de um acordo satisfatório.
Desde outubro do ano passado, a categoria tem alertado o governo sobre a situação. O estado agora admite que existem adicionais previstos em lei que estão em atraso. Durante a reunião, o governo propôs parcelar o débito em até três vezes.
“Foi proposta a quitação do débito em 90 dias, e a realização de uma nova reunião com a Polícia Militar para discutir a questão da segurança. No entanto, não houve avanços significativos sobre o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR). A principal questão para nós continua sendo a segurança e os pagamentos, e precisamos consultar a classe”, explica Pulici.
Agora, tanto usuários quanto médicos devem aguardar o resultado da próxima assembleia da categoria para saber se o movimento será mantido ou se a greve será suspensa.
“Não posso suspender o movimento sem consultar a base. Vou conversar com os colegas para verificar se a proposta atende às demandas. Se a maioria decidir pela continuidade, a greve continuará”, conclui o presidente do sindicato.
Matéria em vídeo produzida pela repórter Débora Ribeiro para a TV Gazeta.