Hortaliças hidropônicas, cultivadas sem solo, apenas com água e nutrientes, ganham mercado acreano. Em Rio Branco, os produtos não faltaram no período de desabastecimento e o consumidor não pagou mais caro pelo produto. O futuro desse empreendimento sustentável, segundo os produtores deve ser a diversificação.
O desabastecimento de alguns produtos devido a cheia do rio Madeira ficou na história dos acreanos, no entanto para os produtores de hidropônicos, o período não impactou o mercado.
Segundo o administrador Carlos D’Agostini, dos hidropônicos Buriti, o setor tinha expectativa de que o consumo de verduras aumentaria e que os produtores poderiam até passar por dificuldades em abastecer seus clientes, mas não foi o que aconteceu. A avaliação para o período é que o consumidor foi atendido e até economizou nas compras. “Nós atendemos normalmente e não deixamos faltar. Até fizemos oferta com muito estoque, baixamos os preços”, disse D’Agostini.
Para o administrador, o comportamento do mercado denota que o mercado de hidropônicos está fortalecido e competitivo na região. “A competitividade no ramo de hortaliças principalmente da hidroponia no Acre é maior que em outras regiões do Brasil. Recentemente faltou alface em São Paulo devido as condições climáticas. Aqui, mesmo com a crise no desabastecimento, não faltou verduras”, analisa.
Em Rio Branco existem 7 produtores de hidropônicos, no interior também há cultivo através do sistema em que as plantas são alimentadas através da água, sem solo.
O empreendimento Buriti, localizado dentro da capital atende diariamente 200 clientes. O projeto iniciado há 15 anos conta hoje com 40 colaboradores. A idéia é expandir ainda mais, explica D’Agostini. A última iniciativa do negócio é o Jambu in natura, exclusividade Buriti. O produto, ingrediente de pratos típicos da região também é comercializado pré-cozido. O futuro da hidroponia, para os produtores, agora que o mercado se abriu para o consumo, deve ser a diversificação.