Diocese continua a cobrar responsabilidades do Governo
O impasse pela regularização do convênio da Casa de Acolhida Souza Araújo continua. De um lado há a Diocese de Rio Branco cobrando a responsabilidade do Governo do Acre e do outro o Governo alega questões burocráticas que justificam a não regularização da parceria.
A situação crítica na casa de acolhida ficou ainda mais evidente após o fornecimento de energia ter sido cortado na semana passada. A energia foi reestabelecida de forma provisória, mas sem os repasses dos recursos financeiros muitas outras dívidas permanecem em aberto.
Na manhã desta segunda-feira (28) um encontro importante para o reforço na luta pela regularização aconteceu entre a vereadora Lene Petecão (PSD) e o presidente do Morhann o Acre, Elson Dias. Não é a primeira vez que o convenio com o estado tem atrasos nos repasses e a Diocese conta com apoio solidário para pressionar o Governo do Acre a fim de resolver o problema.
“Nós temos recebido muita solidariedade da sociedade civil organizada, a conta de energia que tivemos a energia suspensa na semana passada, desde então a sociedade em geral tem se organizado e conseguimos com recursos próprios pagar uma conta, outra conta foi paga ai graças a doações de pessoas voluntárias”, informou o Padre Jairo Boelho.
Para vereadora Lene Petecão (PSD) a discussão deveria ser a nível nacional. “É um dever histórico, o Acre ainda tem pessoas com sequelas da hanseníase, o estado tem que fazer o dever de casa que é acolher essas pessoas” disse.
Atualmente a Casa de Acolhida Souza Araújo abriga 20 internos de forma definitiva e atende dezenas de outras pessoas que buscam o local, são cerca de 80 funcionários para manter o espaço em boas condições e atendendo. No entanto, a casa possui uma dívida que já ultrapassa R$ 1 milhão e não há expectativa de solução em curto prazo. A maior preocupação agora é saber que as pessoas que precisam da Casa de Acolhida correm o risco de passar necessidades e ficar sem tratamento.
“O Morhan é uma instituição que encaminha pacientes que identificamos em visitas domiciliar e levamos para Casa de Acolhida e agora não sabemos como vamos fazer para encaminhar esses pacientes, e há também nossos amigos que já moram lá e estão há anos, eles não possuem uma referencia para saírem de lá e ir para outro local” finaliza, Elson Dias.