O cenário atual do Acre sobre crimes que envolvem os povos indígenas foi repassado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública em evento realizado na última sexta-feira (19) em Brasileia. Essa é uma pauta que preocupa o Governo Federal, pois os indígenas que vão viver na cidade são os mais vulneráveis quando se trata sobre a entrada em facções criminosas.
Sem o olhar de liderança das aldeias e sem os órgãos de proteção como a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), os jovens que vão para a cidade sem muito conhecimento logo se envolvem com drogas e são inseridos no mundo das facções.
Em Assis Brasil, por exemplo, as organizações criminosas são formadas por indígenas que chegam das aldeias e logo aprendem a usar uma arma e cometer crimes.
A secretária de Direitos Ambientais do Ministério dos Povos Indígenas, Eunice Kerexu, disse que de todos os estados brasileiros, principalmente nas regiões de fronteira, o que mais preocupa o Governo Federal é o Acre, por causa da crescente onda de jovens entrando no mundo do crime.
“Aqui no Acre é bem gritante e muito urgente essa demanda da segurança, principalmente nas regiões fronteiriças”, disse a secretária quando estava em Brasileia.
Além dos jovens que entram para o crime organizado, o Ministério tem outra preocupação; defender os povos indígenas que vivem isolados. Vários vivem no meio de floresta, mas estão sendo ameaçados pela aproximação do não-indígena.