A quadrilha junina Pega-pega, inicialmente anunciada como campeã do Concurso Estadual de Quadrilhas Juninas do Acre, está buscando reverter judicialmente uma decisão que retirou o título. A controvérsia surgiu após a vice-campeã Malucos da Roça apresentar uma denúncia que levou à revisão dos resultados pelo órgão organizador do evento, a Liga de Quadrilhas.
Após a divulgação dos vencedores, a quadrilha Malucos da Roça entrou com um recurso junto à Liga de Quadrilhas, alegando que a Pega-pega não identificou corretamente um integrante da equipe de apoio, violando o artigo 14 do regulamento. Sem dar direito de defesa à Pega-pega, a Liga retirou um ponto da campeã, o que a relegou à sétima posição na classificação geral. Em resposta, os advogados da Pega-pega ingressaram com um mandado de segurança para anular a decisão.
Anderson Schneider, coordenador da quadrilha Malucos da Roça, explicou que a denúncia baseou-se no descumprimento das regras do concurso. Ele afirmou que a intenção do recurso era garantir a aplicação correta do regulamento e que outras quadrilhas também apoiaram a penalidade. Schneider enfatizou que a decisão de penalizar a Pega-pega foi tomada estritamente com base nas regras do concurso.
A Comissão Organizadora do evento inicialmente indeferiu o pedido da Malucos da Roça, decidindo que a Pega-pega não deveria ser penalizada. O parecer, assinado por três dos cinco membros da comissão, incluía a assinatura da presidente da Liga de Quadrilhas, Maria Francilene, mãe de uma integrante da Pega-pega.
Simar, coordenador da Pega-pega, expressou frustração com a decisão e mencionou que a quadrilha está aguardando a decisão judicial com esperança de reverter a situação. Ele destacou a injustiça de perder o título sem ter tido a oportunidade de se defender.
“É frustrante ser declarado campeão pela organização do evento e, horas antes da premiação, saber que nos foi retirado o título sem qualquer direito de defesa. O parecer emitido é mal fundamentado e não apresenta provas concretas. Não fizemos parte do processo que foi aberto por causa do Recurso da Malucos da Roça em nenhum momento e a decisão nos foi comunicada por mensagem de grupo de WhatsApp.” diz.
Com informações da repórter Wanessa Souza.