Perícia responsabiliza Batista Pereira Alencar
O Instituto de Criminalística do Acre concluiu o laudo que apontam os motivos que levaram um cilindro de acetileno a explodir no conjunto Manoel Julião no dia 13 de maio desse ano.
Cerca de 10 casas foram completamente destruídas e 40 foram afetadas com pequenas avarias. O proprietário do cilindro, Batista Pereira Alencar, morreu na hora. Os dois filhos e o pai, um senhor de 70 anos de idade, ficaram feridos.
O sinistro aconteceu na rua Edmundo Pinto, por volta da 13:00hs. Foi um desespero total na região. A explosão foi ouvida a dois quilômetros de distância. Depois de três meses, o laudo aponta que Batista Pereira Alencar Gomes foi o culpado. Ele trabalhava com a venda de gás para empresas e hospitais, tinha fechado seu comércio e levado os cilindros para casa.
De acordo com o laudo, ele estava repassando oxigênio para o cilindro de acetileno, para poder ganhar mais peso. Nesse momento, houve um vazamento, e a forma como ficou a mão esquerda de Batista (totalmente destruída), mostra que ele tentou fechar a válvula, mas não deu tempo.
Os peritos apontam que qualquer atrito ou energia poderia acionar o acetileno e causar a explosão. No local, existem lâmpadas e tomadas, havia ainda, uma bomba de pressão e até mesmo um celular que estava com a vítima.
Para chegar a essa conclusão, os peritos verificaram que um cilindro de oxigênio estava com uma mangueira. Ao testar na válvula do cilindro que explodiu, ela encaixou: sinal de que era usada para transferência de gás, o que é muito perigoso.
Na hora, o caminho mais certo para Batista, segundo o laudo, seria não fechar o registro e levar o cilindro para longe ou sair de casa.
A própria mangueira era adaptada, já que não existe de fábrica mangueira para cilindros diferentes. Inclusive, carregava um remendo, mostrando que o proprietário já tinha descoberto algum vazamento.
O delegado que preside o caso, Pedro Paulo Buzzolin, disse que ficou clara a culpa de Batista. Mas, com seu falecimento, só resta arquivar o inquérito. “O laudo foi para apontar como todo o sinistro aconteceu. Já sabíamos que houve algum erro de procedimento nos cilindros, faltava saber como. Agora vamos encerrar esse caso”, confirmou.
Os peritos apontaram que na hora da explosão houve a formação de uma bola de fogo de 11 metros. Por sorte, as chamas não se propagaram. A destruição das casas aconteceu por causa do choque de pressão, inclusive jogando para 110 metros de distância a parte superior do cilindro que explodiu.
O laudo chama a atenção para outros comerciantes que trabalham na comercialização de gás inflamável, e que se arriscam a fazer intervenções nos cilindros.