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O Manchester City venceu a Inter de Milão na final da Liga dos Campeões da Uefa por 1 a 0 e conquistou neste sábado (10) o mais importante título do futebol europeu pela primeira vez em sua história.
Mesmo com a saída de De bruyne, lesionado, o City fez um jogo muito equilibrado, errou menos que os italianos, e foi premiado no segundo tempo com um gol de Rodri, para coroar uma temporada perfeita do time comandado por Guardiola.
Após bater na trave em 2021, quando perdeu para o Chelsea na decisão, os citizens, contaram com a sorte (ou azar dos italianos), já que Ederson operou três milagres nos minutos finais, Akanji quase entregou gol no início da segunda etapa, e Lukaku “evitou” um gol da própria equipe após ficar na frente do gol em finalização de cabeça de Dimarco.
A inédita conquista europeia dá uma sensação de dever cumprido a um projeto iniciado há 15 anos pelo xeque dos Emirados Arábes Unidos Mansour bin Zayed, que comprou o clube em 2008, mudou o City de patamar e o transformou no time a ser batido no mundo.
O jogo
Na primeira etapa da partida, o City teve mais posse de bola, e explorava o campo adversário, buscando encontrar o grandalhão Erling Haaland, marcado de perto pelos três defensores do time italiano.
Já a Inter apostou nos erros do clube inglês, e jogava a partir dos erros do adversário. Pelo menos três contra-ataques surgiram após passes errados do defensor Nathan Aké.
Apesar disso, a postura mais reativa dos comandados de Inzaghi fez com que a Inter não chegasse a plenos pulmões na área adversária, e nos primeiros 45 minutos, não teve nenhuma chance clara de gol.
A melhor chance da primeira etapa veio aos 26 minutos, em que o meio-campo do City funcionou, e em rápida movimentação, Rodri encontrou De Bruyne, que passou para Haaland, que desequilibrado, conseguiu finalizar no gol de Onana, que fez boa defesa no contra pé.
A partir desse lance, o City começou a se soltar, subiu as linhas e marcou a saída de bola adversária, forçando erros dos italianos. Apesar de ter mais volume de jogo, os 20 minutos finais pareceram um grande jogo de xadrez, com muita posse de bola dos dois times, que não foram traduzidas em finalizações de perigo.
De Bruyne substituído em mais uma final
Aos 35 minutos de jogo, Kevin de Bruyne sentiu uma lesão muscular e teve de ser substituído precocemente na grande decisão. Abatido, o craque belga deu lugar a Phil Foden.
Em 2021, quando jogou sua primeira final de Liga dos Campeões pelo City, De Bruyne também teve que ser substituído. Na derrota para o Chelsea, ele sofreu uma fratura no rosto e teve que deixar o campo aos 15 minutos do segundo tempo.
45 minutos finais
Com a mudança no City, Bernardo Silva ganhou protagonismo e passou a ser o grande organizador das ações ofensivas do time.
A estratégia dos ingleses, no entanto, quase foram por água abaixo aos 15 minutos de jogo, quando Akanji não dominou uma bola recuada, e o argentino Lautaro Martínez ficou com a posse, e cara a cara com Ederson, que fechou o ângulo, e impediu o gol da Inter.
O gol do título
O mesmo Akanji, que falhou na defesa, brilhou como construtor, e iniciou a jogada do gol do título. Com belo passe em profundidade para Bernardo Silva, o português recebeu na linha de fundo, cruzou para trás, e após a bola desviar levemente na zaga italiana, encontrou Rodri, que sozinho, bateu de primeira no canto direito de Onana, para abrir o placar aos 23 minutos. Explosão inglesa em Istambul!
Cerca de dois minutos após abrir o placar, começou a tentativa de reação da Inter. Após bola alçada na área, Dimarco tentou encobrir Ederson com uma cabeçada, mas a bola bateu no travessão. No rebote, ele próprio cabeceou, mas para a sorte dos ingleses, a bola bateu em Lukaku, impedindo que ela seguisse a trajetória do gol.
Nos vinte minutos finais, as duas equipes não conseguiram manter os padrões táticos. Os erros de passe, e chances criadas pelos erros dos adversários foram maiores, e a Inter, mais presente no ataque, quase conseguiu levar a partida para a prorrogação.
Ederson entra para a história e faz milagres
Um bom time começa por um goleiro, e no City, essa máxima é uma realidade. O brasileiro Ederson fez cinco defesas na partida, sendo duas nos minutos finais, para garantir o título do clube inglês.
Em cabeçada a queima-roupa de Lukaku, evitou o gol do atacante belga aos 43 minutos. E para fechar a atuação de gala, fez mais uma grande defesa no último lance da partida, após voar para defender cabeçada de Gosens.
Com o título, Ederson se torna o 56º brasileiro a se tornar campeão da Liga dos Campeões, e de quebra, aumenta sua idolatria no Manchester City.
Em uma temporada perfeita, em que conquistou o campeonato inglês, a FA Cup e a Liga dos Campeões, os três torneios mais relevantes do seu calendário, o City prova que a cidade de Manchester, a Inglaterra e a Europa são azuis.
Manchester City 1 x 0 Inter de Milão
Local: Atatürk Olympic Stadium
Data e hora: Sábado (10), às 16h (horário de Brasília)
Árbitro: Szymon Marciniak (Polônia)
Assistentes: Pawet Sokolnicki e Tomasz Listkiewicz (ambos da Polônia)
VAR: Tomasz Kwitakowski (Polônia)
Gol: Rodri (23′ do 2°T)
Cartões amarelos: Barella (14′ do 2ºT); Lukaku (38′ do 2°T); Onana (45+2′ do 2°T); Amadou Onana (45+2′ do 2°T); Haaland (45+2′ do 2°T); Edersn (45+2′ do 2°T)
Cartões vermelhos: /
Manchester City: Ederson; Akanji, Rúben Dias, Aké; Rodri, John Stones; Gündogan, Kevin de Bruyne (Phil Foden), Jack Grealish, Bernardo Silva; Haaland.
Técnico: Pep Guardiola
Inter de Milão: Onana; Darmian, Acerbi, Bastoni; Di Marco, Çalhanoglu, Brozovic, Barella, Dumfries; Dzeko, Lautaro Martínez.
Técnico: Simone Inzaghi