A deputada escolhida pelo MDB para concorrer ao governo apontou as falhas da atual gestão durante a entrevista
Na tarde desta sexta-feira (22), a deputada federal Mara Rocha, do partido Movimento Democrático Brasileiro (MDB), esteve em uma conversa, no Gazeta Entrevista, com Itaan Arruda. Os tópicos da conversa foram a pré-candidatura, os objetivos a serem alcançados no governo do estado e as dificuldades a serem superadas no Acre.
Como Itaan Arruda disse “O MDB renasceu das cinzas” apostando nesta candidatura. Itaan, logo iniciou perguntando a deputada sobre a responsabilidade que esse cargo exige e sobre ser a escolhida do MDB, algo que a deputada já iniciou afirmando que era grata e mais ainda por ser o partido dos seus pais. “Os meus pais militaram no MDB e eu volto as origens. Um partido que me acolheu e eu sou muito grata, antes trabalhava no partido PL, construindo um partido que não existia no estado do Acre, mas infelizmente devido a situações políticas, perdemos o partido, já que o senador Márcio Bittar reivindicou o partido para ele. Naquele momento eu fiquei muito chateado, mas faz parte e hoje tenho que agradecer ao senador, porque agora estou em um partido estruturado, grande, presente em todo o Brasil”, afirmou Mara Rocha.
Sobre a atual gestão do governo, a deputada apontou os principais erros, que segundo Mara Rocha foi a falta de planejamento, responsabilidade com os servidores e o agronegócio que foi rebaixado, sem haver crescimento.
Pontuou que na sua candidatura, o seu plano de governo é olhar para todos, não só para o grande produtor, mas o pequeno também. Segundo a deputada faltou isso neste governo, e é necessário apoiar os menores produtores, com apoio técnico para fortalecer a produção.
Questionada sobre a geração de empregos, Mara explicou ser o maior problema do Acre, com uma alta taxa de desemprego e baixa movimentação econômica por falta de investimentos do governo, que segundo ela não apoia a economia daqui. “Muitas empresas de engenharia civil fecharam as portas porque o governo não fecha contratos, só fecha com empresas do Amazonas. Vamos abraçar como governo as empresas de engenharia civil do nosso estado, para circular o dinheiro aqui. Porque falta principalmente um governo de credibilidade, para as empresas quererem investir aqui, com a gente passando segurança, dando o máximo de isenção de impostos”, pontuou a candidata.
Sobre as reservas extrativistas, a deputada disse “Respeito muito e sou contra quem devasta, mas apoio que quem mora na floresta tenha oportunidade. Acredito que eles têm a decisão de querer sim ou não fazer parte da reserva. Quero cuidar do meio ambiente e das pessoas, além de ser contra o desmatamento ilegal e a favor da preservação.
Sobre os servidores, disse que planeja com uma equipe os passos para solucionar os problemas. “Com uma equipe quero conhecer o terreno, por isso uma equipe técnica vai nos ajudar, se não tenho conhecimento não posso ter certeza. Mas vamos ouvir todo mundo no estado e estudar as possibilidades de viabilizar as situações, principalmente de nossos servidores públicos, que são mal remunerados.
A candidata concluiu a entrevista afirmando que o dinheiro foi mal empregado. “O governo precisa trabalhar em conjunto com a força nacional, com a bancada de deputados, senadores, vereadores. Para receber recursos e trazer vantagens. Quero fazer um governo voltado para saúde, indústrias, e geração de empregos. “As pessoas estão indo buscar oportunidades em outros estados poque não encontram aqui”.
No final, ao ser questionada sobre a vinculação de imagem ao presidente Bolsonaro, disse “Vou cuidar da minha campanha. Para mim, é o melhor presidente do Brasil, mas não uso a imagem do presidente para angariar votos, apesar de acreditar nas ideias dele, que são as minhas também”.