“Campanha não vai depender das estruturas”
A candidata a vice-presidente do PSB, Marina Silva, minimizou a decisão do TCU sobre a responsabilidade de Dilma Rousseff na aquisição da refinaria de Pasadena. “Vamos aguardar as decisões tomadas pela Justiça”, ponderou. “O que aconteceu foi uma parte da investigação. Falta ainda a polícia federal, falta ainda o Ministério Público se pronunciarem igualmente sobre o rombo que foi feito pela Petrobras pela incompetência e também pelo descaso com o dinheiro público”.
Em agenda de campanha no Acre, a candidata participou de um debate com os pesquisadores da 66ª Reunião Anual da SBPC que acontece no campus da Universidade Federal do Acre.
Em uma rápida coletiva de imprensa, ela também falou sobre a denúncia feita pelo deputado José Augusto Maia (Pros/PE). Segundo o parlamentar, o candidato ao governo de Pernambuco pelo PSB, Paulo Câmara, tentou comprar apoio político para a campanha.
“Se existe uma denúncia, existe um processo de investigação”, frisou. “É fundamental que o Ministério Público e a Justiça Eleitoral investiguem toda e qualquer denúncia que pode ser feita”.
Sobre a comparação com os outros dois candidatos à presidência de maior relevância, Marina rebateu a lógica de que as eleições de 2014 sejam decididas “com o uso das estruturas”. Entendendo com isso o tempo de tevê e rádio e dinheiro. “Essa campanha será ganha não com o uso das estruturas. Não vai ser com o olhar de cima para baixo, a partir dos palanques. Vai ser de baixo para cima”.
A candidata Dilma Rousseff (PT) tem quase 12 minutos de tempo de tevê. Aécio Neves (PSDB) tem quase cinco minutos e Eduardo Campos tem 1min.40seg. de tempo de tevê. “Em 2010, por esse período, eu também ficava com 7, 8, 9 por cento e vocês mesmos diziam que eu estava estagnada em 8 por cento. Quando foi no dia das eleições tinham 20 por cento dos votos. Nós temos consciência do que estamos vendo na rua”.