Confesso que sempre tive vontade de ler e conhecer sobre a família Obama. E começar por Michelle me parou a melhor ideia. E de fato foi. O livro estava na minha lista para comprar e ler em 2021. Demorei mais do que gostaria para ler. Não porque a escrita fosse ruim ou desinteressante, pelo contrário. Ficava semanas sem ler porque quando lia devorava muito rápido e não queria terminar logo.
“Sua história é o que você tem, o que sempre terá. É algo para se orgulhar”.
Michelle, já me sinto íntima para tratar a ex-primeira-dama dos Estados Unidos e a primeira afro-americana a ocupar essa posição pelo primeiro nome, nos conta sobre sua vida desde quando era apenas uma menininha aprendendo as disciplinas da escola até os dias atuais, sendo a primeira uma ex-primeira dama americana negra.
O livro é dividido em três grandes partes. Primeiro, o começo de sua vida, o âmbito familiar, o amor por seus pais e irmão, seu bairro, colégio, ambições para faculdade e a vida de uma garota classe média baixa nos Estados Unidos da sua época.
Em seguida, somos guiados ao capítulo dedicado a Barack Obama. Podemos conhecer o início do relacionamento do casal, as dificuldades que enfrentaram para estarem juntos e tudo que conseguiram superar e conquistar. É uma delícia essa capítulo e ter a perspectiva dela sobre o marido.
Por fim, conhecemos a vida da família Obama durante a gestão de Barack como o homem mais importante dos Estados Unidos. E como foi para eles deixar a Casa Branca e seguir de volta a rotina fora da presidência da república.
“Sou uma pessoa comum que se viu numa jornada extraordinária. Ao contar minha história, espero abrir espaço para mais histórias e mais vozes”.
É quase impossível não se identificar com a adolescente e jovem adulta Michelle. Com os mesmos medos, inseguranças, amores, dúvidas sobre a profissão e o futuro. Pessoalmente, também me identifiquei com a Michelle super certinha e organizada com sua educação e estudos. Tenho muito disso em mim. E, particularmente, foi quase como um abraço caloroso ter tido essa identificação.
A leitura o tempo todo é leve, agradável, fácil de entender e de se manter preso ao texto. É quase como uma boa conversa entre amigos ou até mesmo a escrita de um diário. Lembranças de toda uma vida de uma mulher forte que só conhecemos pelas notícias da imprensa internacional.
–
Pâmela Freitas é jornalista formada pela Universidade Federal do Acre, pós-graduada em Jornalismo Digital pela Unyleya e repórter do site Agazeta.net