Dois casos supostos de racismo tomaram repercussão na capital acreana e requisitou a ação do Ministério Público do Acre (MPAC). O primeiro envolve um acontecimento na Igreja Batista do Bosque, onde um segurança impediu a entrada de três estudantes indígenas no estabelecimento. Já o segundo, ocorreu na escola João Calvino durante os jogos escolares.
Este último, por envolver em sua maioria menores de idade, teve inquérito instaurado na Delegacia Especializada da Criança e Adolescente. Através da promotoria de Direitos Humanos, o MPAC busca identificar as pessoas que chamaram o estudante de “macaco” e assim poder tomar medidas legais por crime de injúria racial. Segundo o promotor de Justiça do MPAC, Tales Tranin, caso esses adolescentes sejam condenados pelo ato infracional, a penalidade vai de advertência até uma medida mais grave, que é a internação de três anos.
Já o caso ocorrido na Igreja Batista do Bosque, na última quinta-feira, 25, onde três indígenas foram impedidos de entrar em um culto e um segurança foi acusado de praticar racismo contra o grupo. Além disso, eles também alegam que uma das vítimas recebeu um tapa na nuca e que a arma do segurança foi apontada na direção deles. Com isso, o MPAC também requisitou a instauração de inquérito para saber se houve discriminação. Até o momento, não foi divulgada nenhuma nota oficial da igreja sobre o acontecimento.
Com informações da repórter Débora Ribeiro para a TV Gazeta