A deputada federal Socorro Neri (PP-AC) reuniu-se com o representante do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Rubens Campos, e o ministro da Educação, Camilo Santana, para discutir sobre a adaptação das provas para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
A iniciativa veio após um apelo público do jovem acreano Davi Pereira, que publicou um vídeo nas redes sociais para solicitar ao presidente Lula que as provas fossem adaptadas para atender melhor às necessidades de pessoas autistas.

A reunião trouxe respostas promissoras. Tanto o ministro Camilo Santana quanto Rubens Campos se mostraram favoráveis à reivindicação e se comprometeram a trabalhar em exames especializados para pessoas com TEA. Camilo Santana destacou que o Inep já desenvolve uma redação específica para o Enem destinada a esse público e que estão em andamento estudos para criar uma prova específica para autistas.
“Deixo um abraço aqui para você, Davi. É um prazer receber a nossa deputada Socorro Neri, que traz um tema tão relevante para muitos jovens brasileiros. O Inep já está trabalhando para oferecer uma redação do Enem específica para pessoas com TEA e estamos avançando para criar uma prova adaptada conforme o perfil de cada um”, afirmou o ministro.
Além da promessa de adaptação das provas, a deputada Socorro Neri anunciou a elaboração de um projeto de lei que propõe a alteração na Lei 12.764 de 2012. A intenção é garantir que todos os exames educacionais e profissionais sejam adaptados para pessoas com TEA. Isso inclui o Enem, o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e outros exames nacionais de avaliação.
“Hoje, trago a cópia do projeto de lei para Davi. Estamos propondo alterações significativas para que os exames da educação e os profissionais sejam adaptados. Apresentei também um requerimento para uma audiência pública na Comissão de Educação, onde Davi será convidado a participar junto com representantes de várias instituições”, disse Socorro Neri.

Além disso, a deputada reforçou que trabalha para que essas mudanças possam acontecer na edição deste ano de 2024, no Enem. Davi Pereira, o jovem autista cuja reivindicação motivou a iniciativa, expressou a importância dessa adaptação.
“Eu precisava reivindicar meus direitos, não só por mim, mas por todos os autistas do Brasil. As provas com textos muito longos são um desafio, e uma adaptação atenderia melhor às nossas necessidades”, afirmou o jovem.