Durante participação no programa Gazeta Entrevista, nesta sexta-feira, 31, o coordenador estadual do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), Elson Dias, tratou a indignação da instituição após a exoneração da gerente-geral da Oficina Ortopédica do Acre, Wanderleia Barbosa.
De acordo com Dias, o Morhan e a Oficina Ortopédica viviam um momento de boa aproximação na gestão de Wanderleia Barbosa, pois a ex-gerente-geral resolvia todas os problemas e ajudava, com a viabilização das próteses, o público com hanseníase.
“Teve uma aproximação importante com o movimento. Se chegava alguma demanda lá para o público do Morhan, ela entrava em contato com a gente e era resolvido. Não havia mais reclamação por parte do público da hanseníase”, conta Dias.

Segundo o coordenador do Morhan, na quarta-feira, dia 29, souberam, através do Diário Oficial do Estado (DOE), sobre a exoneração, sem aviso prévio, de Wanderleia Barbosa. Além disso, afirma que entram em contato com a direção atual da Oficina Ortopédica para entender os motivos, mas não obtiveram resposta.
“Essa semana a gente soube a notícia, pelo Diário Oficial, que ela tinha sido exonerada. Sem uma comunicação, simplesmente exoneraram. A gente ligou para a direção atual, não nos atenderam e nem responderam as mensagens. A gente queria uma explicação do porquê de tirar ela e não ter comunicado para as instituições. Somos parceiros”, ressalta.
Conta, também, que o Morhan e a Clínica Ortopédica, sob a direção de Wanderleia Barbosa, realizavam um levantamento do público com hanseníase que precisa trocar as próteses que estão velhas. De acordo com ele, a mudança vai ser um retrocesso.
“Vai ser um retrocesso de todo um trabalho que a gente estava fazendo. Inclusive, estávamos fazendo um levantamento de todo um público do Morhan que estava precisando trocar as próteses que já são antigas. Tem gente que tem prótese de mais de 40 anos. A gente ficou muito triste com isso e queremos uma resposta da direção da Fundhacre”, informa Dias.

Sesacre
O site Agazeta.net entrou em contato com a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) para tentar entender o motivo da exoneração e a falta de comunicação com o Morhan, mas não obteve resposta até o fechamento dessa matéria. O espaço segue aberto para quaisquer esclarecimento.