Segundo dados do Diário Oficial do Acre (DOE) divulgados nesta última sexta-feira (19), as mulheres acreanas têm uma expectativa de vida de 79,2 anos, vivendo, em média, 6,7 anos a mais que os homens, cuja expectativa de vida é de 72,6 anos. No geral, a esperança de vida ao nascer no Acre é de 75,8 anos.
Essa diferença na expectativa de vida não é exclusividade do Acre ou do Brasil, mas um fenômeno observado globalmente. Na Rússia, por exemplo, a expectativa de vida dos homens é 10 anos menor que a das mulheres. Diversas hipóteses explicam essa menor longevidade masculina, abrangendo fatores comportamentais, socioeconômicos e biológicos.
Homens tendem a se envolver mais em comportamentos de risco, como consumo de álcool, tabagismo e direção perigosa. Eles também são mais propensos a se envolver em atividades e trabalhos de alto risco, como construção civil, mineração e transporte, que apresentam maiores riscos de acidentes fatais e doenças ocupacionais. Além disso, os homens buscam menos por atendimento médico preventivo e têm maior resistência na adesão a tratamentos e cuidados de saúde regulares. Estudos também sugerem uma vantagem genética feminina em termos de resistência a certas doenças e processos de envelhecimento. Segundo dados do IBGE, a taxa de mortalidade infantil é maior para os homens.
A construção desses dados é baseada na expectativa de vida ao nascer, que representa o número médio de anos de vida esperados para um recém-nascido, mantido o padrão de mortalidade. Esses dados são calculados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base nas taxas de mortalidade por sexo e idade e na população do Censo Demográfico de 2022. As pesquisas Tábuas de Mortalidade e Projeções da População, divulgadas no site do IBGE, fornecem esses dados publicamente.
Historicamente, os homens sempre viveram menos que as mulheres, embora essa diferença venha diminuindo. Em 2010, as mulheres acreanas viviam, em média, 6,9 anos mais que os homens. Essa diferença caiu para 6,6 anos em 2022. No Brasil, no mesmo período, a diferença reduziu de 7,4 para 6,9 anos.
Além disso, o Acre é destacado por ter a segunda população mais jovem do país. Isso significa um potencial de mercado de trabalho, com disponibilidade de mão de obra, menor número de idosos dependentes e menor sobrecarga no sistema previdenciário e no sistema de saúde. Uma população jovem pode ser mais produtiva, impulsionando o crescimento econômico por meio do aumento na produção e inovação. Jovens são frequentemente mais inclinados a empreender e inovar, criando novas empresas e setores que podem revitalizar a economia. Eles também são grandes consumidores de bens e serviços, impulsionando setores como tecnologia, moda, educação, entretenimento e a economia como um todo.
Com informações do Diário Oficial do Acre (DOE).